Falta de combustível é a causa mais provável para queda de avião da Chapecoense

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A tragédia aérea que matou 72 pessoas na Colômbia, incluindo jogadores, comissão técnica e dirigentes da Chapecoense, além de jornalistas e tripulação, pode ter sido provocado por uma “pane seca”. De acordo com o jornal “El Tiempo”, da Colômbia, falta de combustível é a causa mais provável para o acidente com a aeronave Avro RJ 85 na madrugada desta terça-feira, conforme as investigações preliminares.

A apuração das causas do desastre está sendo feita pela Aeronáutica da Colômbia, que ainda não informou um motivo oficial para o acidente. O caso só será elucidado após a análise das caixas-pretas do avião, encontradas na tarde desta terça-feira.

O jornal “El Tiempo” chamou atenção para a ausência de explosões ou de incêndio após a queda do avião, fator que poderia indicar falta de combustível na aeronave. A hipótese de “pane seca” também foi levantada pelo presidente da Associação de Aviadores Civis da Colômbia, Jaime Alberto Sierra, em entrevista à TV colombiana “Caracol”.

Sierra citou a informação de que o piloto da aeronave que levava os jogadores da Chapecoense havia pedido prioridade para aterrissar no aeroporto de Medellín, mas outro avião ganhou a preferência justamente por estar com pouco combustível. Segundo o jornal “El Tiempo”, a tripulação do Avro RJ85 chegou a avisar à torre de controle que precisava pousar com urgência, também por falta de combustível, mas demorou a fazer tal pedido.

– Lamentavelmente, enquanto não sei a emergência, não posso dar a prioridade que a tripulação necessita – disse Sierra, em relação ao trabalho dos controladores de voo. – Nossa hipótese é que houve problema de falta de combustível – completou.

De acordo com fontes ouvidas pelo “El Tiempo”, o voo da Chapecoense recebeu autorização para pousar assim que comunicou a falta de combustível. Pouco depois, no entanto, teria ocorrido uma falha elétrica na aeronave, que desapareceu do radar.

JOGADORES TINHAM MEDO DE VOAR NAQUELE AVIÃO

A hipótese de falta de combustível ganha força também pelo relato do atacante Miguel Borja, do Atlético Nacional (COL), adversário da Chapecoense na final da Sul-Americana e que já havia viajado na mesma aeronave anteriormente. Segundo Borja, os atletas da equipe colombiana tinham medo de viajar no avião, operado pela companhia aérea LaMia.

– Nós já viajamos neste avião, conhecíamos até a tripulação. Tomara que agora que isso aconteceu as equipes tenham a consciência de melhorar as condições (de viagem), porque várias vezes paramos para abastecer. Tivemos medo, porque o avião é muito pequeno, muitas vezes parou em aeroportos para abastecer, porque não alcançaria o destino final – disse Borja ao canal colombiano “Kick Off”.

O modelo original de fábrica das aeronaves Avro RJ85, a mesma que levava o elenco da Chapecoense, tem autonomia para voar no máximo 1.600 milhas náuticas (cerca de 2.960 km) de uma só vez. A distância entre Santa Cruz de la Sierra e Medellín, o trajeto do voo, é de 1.612 milhas náuticas, ou 2.985 km. Não se sabe, contudo, se a aeronave que levava a delegação brasileira havia recebido o acréscimo de tanques auxiliares, que aumentariam a distância máxima de voo. (O Globo).

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