Ex-atleta olímpico e ex-presidente da Fifa, João Havelange morre aos 100 anos no Rio de Janeiro

João Havelange

O ex-presidente da Fifa João Hevelange morreu na manhã de hoje (16), no Rio de Janeiro, aos 100 anos. Nos últimos meses, Havelange foi interneado por vezes no Hospital Samaritano por contas de problemas de saúde. O enterro está marcado para às 15h desta terça, no cemitério São João Batista.

Havelange presidiu a Fifa entre 1974 e 1998. Em seguida tornou-se presidente de honra da entidade, cargo que manteve até abril de 2013, quando renunciou ao cargo simbólico em meio a denúncias de corrupção.

Tendo transitado por esportes como futebol e natação – quando chegou a competir nos Jogos de Berlim 1936 nos 400 e 1500m nado livre – Havelange teve seu ápice esportivo como jogador de polo aquático, tendo conquistado a medalha de bronze no Pan-Americano da Cidade do México em 1955, além da participação nos Jogos de Helsinque 1952.

Presidente da Federação Paulista de Natação em 1948, passou à vice-presidência da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), entidade que cuidava de 24 esportes e que depois se transformaria em CBF, em 1952. Se tornou efetivamente o presidente da entidade do futebol brasileiro em 1958, ficando até 1975 e contabilizando os três primeiros títulos mundiais do Brasil, 1958, 1962 e 1970.

Havelange foi membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) durante mais de 40 anos, mas foi em 1974 que chegou ao topo. No ano, o brasileiro foi eleito presidente da Fifa, maior entidade do futebol mundial, e por lá ficou por 24 anos. O brasileiro, primeiro não europeu do cargo, é o segundo que ficou mais tempo na presidência do órgão, ficando atrás apenas do francês Jules Rimet (1921-1954).

É considerado um dos dirigentes de maior sucesso da história do futebol, tendo elevado o domínio da entidade de 146 para 196 nações durante os 24 anos de seu mandato.

Sua longínqua trajetória foi manchada em 2013, quando a Fifa divulgou um relatório tornando público um massivo escândalo de corrupção em seus bastidores, envolvendo Havelange e seu sucessor na CBF, Ricardo Teixeira, em esquemas de propinas milionárias recebidas de uma empresa do marketing esportivo. (CB)

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