Em Petrolina, “Semana Internacional da Tireoide” segue até esta sexta-feira (25) com atendimento ao público

O primeiro mutirão de atendimentos para detectar e tratar nódulos na tireoide está sendo realizado pelo Hospital da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf). A ação é realizada em comemoração à “Semana Internacional da Tireoide” que tem como objetivo levar informações e conscientizar a população sobre doenças da tireoide.

O mutirão começou no dia 21 e vai até 25 de maio (Dia Internacional da Tireoide), na Policlínica do HU-Univasf. Já foram realizadas 120 consultas com médicos especialistas em endocrinologia e cirurgia de cabeça e pescoço e 39 exames de ultrassonografia. Na sexta-feira, ainda serão realizadas punções e cirurgias para a retirada de nódulos. Além dos atendimentos, o mutirão também promoveu, na quarta-feira (23), uma mesa redonda sobre as patologias da tireoide, voltada para os profissionais do HU e estudantes da área da saúde.

Os atendimentos eram voltados para pessoas que suspeitavam da existência de nódulos ou aqueles que já conheciam o problema e aguardavam a disponibilidade de uma consulta especializada ou a realização do exame de ultrassonografia. “A procura superou as nossas expectativas. A princípio, tínhamos destinados 4 dias para agendamentos, sendo que ao final do primeiro dia já tínhamos 90% das vagas preenchidas. Devido a isto, aumentamos o número de atendimentos. Mesmo assim, as vagas foram totalmente preenchidas no segundo dia de marcações”, contou o cirurgião de cabeça e pescoço do HU-Univasf, Aglailton Menezes.

Ainda segundo o médico, pacientes de Pernambuco e da Bahia procuraram os serviços. A maioria eram mulheres jovens, algumas delas aguardavam por consultas há mais de um ano. Sendo que alguns pacientes aguardavam o exame de punção há quase dois anos.

 Sobre a tireoide

A tireoide é uma glândula, em forma de borboleta, localizada na região anterior do pescoço abaixo da cartilagem cricóide, conhecida como pomo de Adão. Ela produz os hormônios importantes para o equilíbrio do organismo, o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina). Os hormônios tireoidianos agem em praticamente todos os órgãos, estimulando várias funções. Nas mulheres, pode alterar a ciclo menstrual e ovulação quando ocorrem disfunções tireoidianas.

As doenças são muito frequentes, a glândula pode aumentar de tamanho homogeneamente ou na forma de nódulos benignos ou malignos. Quando deixa de produzir hormônios adequadamente ocorre o hipotireoidismo e quando ela produz em excesso, o hipertireoidismo. Ambas situações trazem consequências negativas para o organismo.

A incidência de nódulos em mulheres é de 50 a 70%, contudo, boa parte deles são benignos e não causam problemas à saúde. Existe um protocolo de autoexame da tireoide com orientações que podem ajudar na detecção dos nódulos.

O indivíduo deve segurar um espelho, visualizando no seu pescoço a região logo abaixo do pomo de adão (mais conhecido como gogó), onde está localizada a tireoide. Incline a cabeça para trás e observe a existência de alguma alteração. Beba um gole de água, o ato de engolir faz com que a glândula se movimente. Observe se existe algum aumento de saliência e, caso ocorra, procure um médico.

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