Efeitos do El Niño: calor vai piorar em dezembro e deve durar até o 1º semestre de 2024

As altas temperaturas que atingem boa parte do país e deixou uma vítima no show de Taylor Swift é resultado do efeito do El Niño, que deve continuar atuando no Brasil até o fim do primeiro semestre de 2024, ou seja, ainda há muito calorão pela frente.

As ondas de calor devem continuar por um tempo e se intensificar em dezembro. Especialistas dizem que é preciso preparação daqui para frente, principalmente para grandes eventos como shows e até mesmo o carnaval. O verão desse ano promete ter temperaturas acima da média.

A influência do El Niño, o aquecimento das águas do oceano pacífico, ajuda a explicar cenários extremos. “Ele tende a ficar ativo até o primeiro semestre de 2024, com o pico previsto para dezembro e janeiro”, informou Mariana Pallotta, meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).

O apelo por água dos fãs da cantora norte-americana, no primeiro show da turnê no Rio de Janeiro, foi motivado pela situação extrema de calor. Entradas de garrafas de água eram proibidas no evento, só podia comprar lá dentro. No Engenhão, a temperatura chegou a 60 graus.

Centenas de pessoas desmaiaram devido às altas temperaturas. Ana Clara Benevides, de 23 anos, morreu durante o show, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória.

“O organismo tem uma regulação de temperatura e, às vezes, nesse tempo todo que eles ficaram ali, parados, esperando, essa regulação pode se perder. A hora que se perde a regulação de temperatura, cai demais, fica sonolento, mole, você desmaia. Nessa hora, já há um comprometimento muito grande do organismo e se a temperatura subir muito pode dar um corte chamado hipertermia, que pode levar a uma parada cardiorrespiratória”, declarou o cardiologista Carlos Alberto Pastore.

O cardiologista deixa claro que ainda é preciso aguardar os laudos para saber exatamente o que aconteceu com a estudante. Eventos desse tipo são raros em jovens, mas idosos, crianças e pessoas com doenças cardíacas são os mais vulneráveis ao forte calor.

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