Detentos da penitenciária de Petrolina (PE) trabalham para a rede hoteleira

As pessoas privadas de liberdade (PPLs) da Penitenciária Doutor Edvaldo Gomes (PDEG), em Petrolina, estão contribuindo com o setor de hotelaria da cidade pernambucana e de sua vizinha, Juazeiro, na Bahia. Um convênio firmado entre a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, por meio da Executiva de Ressocialização (Seres), e a empresa Jota Gomes ME (Lavanderia Preço Bom), prevê a lavagem de roupas de cama e toalhas de 16 hotéis e pousadas das duas cidades sertanejas.

A lavanderia fica dentro da penitenciária com sete PPls se revezando em três turnos, com intervalo de duas horas para descanso. A produção mensal chega a 36 mil peças para o setor hoteleiro – sendo 12 estabelecimentos em Petrolina e quatro em Juazeiro – e 2.500 unidades das PPLs e dos servidores. A previsão é que, com o aquecimento da economia, o número de trabalhadores aumente para 15, quantitativo registrado antes da pandemia da Covid-19.

“A ideia é inserir os presos em atividades de trabalho e educação que rendam ganhos significativos para ele e seus familiares como a remição de pena, o ganho financeiro e a valorização pessoal de forma que saiam do sistema prisional e não reincidam no crime”, ressaltou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. Entre os benefícios assegurados pela Lei de Execuções Penais estão a remição de um dia na pena a cada três trabalhados e a remuneração com valor correspondente a 75% do salário mínimo, ficando 25% no pecúlio a ser liberado após a liberdade.

“A empresa realiza a contratação das PPLs já selecionadas anteriormente pelo setor de laborterapia da PDEG. Ela [a empresa] também instalou painéis solares na lavanderia, ou seja, não se utiliza energia elétrica”, informou o supervisor de laborterapia, Raniele Aquino. Em Petrolina, a mão de obra carcerária está presente ainda na produção de uvas do Vale do São Francisco e de roupa de cama para o mercado local.
(ascom/Imagens: Divulgação/Seres)

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