Defesa de Temer afirma que não teve acesso a relatório da Polícia Federal

A Polícia Federal indiciou o presidente Michel Temer, sua filha Maristela, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho e outras sete pessoas no âmbito do inquérito dos Portos.
A PF também pediu o bloqueio de bens de todos os indiciados, incluindo Temer, e a prisão preventiva de quatro deles: coronel Lima e sua mulher, além de Carlos Alberto Costa e Almir Martins Ferreira, que atuaram, respectivamente, como sócio e contador do coronel.
O advogado Brian Alves, responsável pela defesa de Temer no inquérito dos Portos, afirmou nesta terça-feira, 16, que não se manifestaria sobre o caso porque ainda não teve acesso ao relatório da Polícia Federal. Procurado, o Palácio do Planalto informou que caberia ao advogado tratar do tema.
O inquérito da PF que investigou o suposto benefício de Temer ao grupo Rodrimar já chegou a ser chamado pelo presidente de “ficção policial”. Em junho, a Secretaria de Comunicação da Presidência divulgou nota para rebater planilhas que constavam na investigação e tinham sido tornadas públicas. “Nada mais precisa ser dito sobre esse escândalo digno de Projac, a maior fábrica de ficções do País”, afirmava o texto à época.
Em janeiro deste ano, a defesa de Temer chegou a pedir que o inquérito fosse arquivado, “em face da ausência de qualquer conduta criminosa”.
Naquele mês, o presidente também respondeu a 50 perguntas encaminhadas pela PF sobre o caso, após autorização do ministro Luís Roberto Barroso, relator no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em mais de uma ocasião desde o início das investigações, o Planalto negou que tenha havido benefício à Rodrimar no Decreto dos Portos, assinado por Temer em maio de 2017, e afirmou que o setor foi consultado antes de a medida ser adotada.
Por meio de nota, os advogados Maurício Leite e Cristiano Benzota, responsáveis pela defesa do coronel João Baptista Lima Filho, disseram estar “perplexos” com o pedido de prisão feito pela PF. Segundos os advogados, o coronel está “afastado de suas atividades profissionais e, permanentemente, em sua residência cuidando da saúde”.
“Sempre foram apresentadas todas as informações solicitadas pelas autoridades, por intermédio de sua defesa, o que torna o pedido de prisão desprovido de fundamento legal”, afirmam os defensores. (DP).
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