Criança fica sem enxergar e falar após cair de berço em creche de Juazeiro-BA

Uma criança de um ano e três meses ficou com graves sequelas nos sistemas nervoso e central após cair de um berço em uma creche de Juazeiro-BA. O caso aconteceu no mês de agosto, e desde então, a criança não consegue enxergar, falar e encontra dificuldades para comer.

O caso foi resgistrado na delegacia do município. Uma perícia foi feita no local, Lucas passou por um exame de corpo de delito e testemunhas foram ouvidas. O caso segue em investigação.

Segundo a proprietária da creche Cambalhota, Lucas Santos descansava com outros cinco bebês quando a monitora e a diretora da creche saíram do quarto para autorizar o horário do lanche. A criança teria acordado e pulado do berço. O bebê ficou com a cabeça presa entre outros dois berços.

De acordo com Luana Santos, mãe do bebê, a proprietária da creche ligou para ela e disse que o bebê tinha passado mal, e foi levado para uma unidade médica.

“Eu pensei que ele tinha uma febre, nunca que passou pela minha cabeça que tinha acontecido isso com meu filho. Quando eu cheguei lá, me deparei com ele cheio de aparelhos, praticamente sem vida”, disse.

O menino foi encaminhado às pressas para o Hospital da Criança, em Juazeiro, onde recebeu os primeiros atendimentos. No mesmo dia, foi levado para uma unidade médica de Salvador, através da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea.

Lucas ficou internado por 45 dias, quando foi diagnósticado com uma hipóxia, falta de oxigênio no cerébro por um tempo entre 12 e 20 minutos. Por conta dos traumas que causaram sequelas nos sistemas nervoso e central da criança, os médicos questionaram a versão apresentada pela dona da creche.

Apesar de acreditar na recuperação do filho, Luana Santos disse que a situação dele é muito delicada. “Pode ser que isso dure para sempre, ninguém sabe. O médico não deu nenhum diagnóstico se ele vai ficar sem andar ou não. Tem possibilidade [ Bebê voltar a andar]? Tem, mas ele disse que é muito difícil”, afirmou Luana.

Segundo a mãe, o bebê sente incômodos frequentes após ter sofrido a queda. “Na maioria das vezes ele fica choroso, ele não dorme direito porque ele fica acordando toda hora, todo momento”, completou Luana Santos.

A família de Lucas também diz que a creche não deu assistência para o bebê. Os custos com medicamentos, exames e consultas são muito altos, a mãe do menino não pode trabalhar e mora de favor na casa de uma prima do pai do garoto.

Entretanto, a direção da creche afirmou que prestou esclarecimentos e provas para polícia de que não houve descaso, que fez vários contatos com a família de Lucas durante o período da internação e que ofereceu ajuda para a família, que, até o momento, não aceitou. (G1-BA)

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