Comissão de Justiça aprova projeto que combate perseguição política e assédio contra mulheres em Pernambuco

O projeto de lei que combate o assédio e a violência política contra mulheres foi aprovado na Comissão de Justiça da Alepe nesta segunda. A matéria cria o Estatuto da Mulher Parlamentar e Ocupante de Cargo ou Emprego Público, com os objetivos de eliminar atos de perseguição, assegurar o exercício dos direitos políticos das mulheres filiadas a partidos políticos ou candidatas, e desenvolver programas de erradicação do assédio e da violência política.

Para cumprir essas metas, a proposta define uma lista de atos proibidos, a exemplo da imposição de tarefas não relacionadas com as funções e competências do cargo, a restrição do uso da palavra em iguais condições aos homens e o constrangimento de mulheres eleitas para que renunciem ao cargo ou tomem decisões contrárias a sua vontade. Ainda segundo o texto, o descumprimento pode resultar tanto em multa, entre 500 e 50 mil reais, quanto na proibição de contratar com o Poder Público Estadual e obter subsídios, subvenções ou doações.

A iniciativa é das deputadas Teresa Leitão, do PT, e Delegada Gleide Ângelo, do PSB, com substitutivo da Comissão de Justiça. A deputada Simone Santana, do PSB, saudou a aprovação da proposta. Ela argumentou que a violação aos direitos das mulheres é constante na política, apesar de muitas vezes não ser percebida. “É importante que a gente reforce essa postura de respeito à mulher no campo político. Nós temos vários exemplos, no Brasil, (…) essa violência que a mulher sofre no meio político é subliminar. Mas, em alguns momentos, o machismo estrutural extrapola e passa a ser bem explícito, como aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo, na tentativa de calar, de inibir a participação feminina no campo político”.

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