Combate à leishmaniose: Clínicas veterinárias são orientadas sobre notificações da doença em Petrolina (PE) por Edenevaldo Alves Postado em 30 de junho de 2020 Entre as doenças com mais alta mortalidade de animais, está a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) que pode apresentar sintomas como febre, anemia e perda de peso do animal. Por conta disso, a Prefeitura de Petrolina está trabalhando para controlar os casos da doença no município. Entre as medidas tomadas, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) está convocando médicos veterinários de clínicas particulares para que os estabelecimentos possam colaborar com as notificações em animais domésticos, que tiverem resultado positivo para a doença. A primeira reunião foi realizada no próprio CCZ, nesta segunda-feira (29), com o intuito de orientar os profissionais. Para evitar aglomeração, estão sendo convocados dois profissionais por vez, com uso obrigatório de máscara. Estes encontros fazem parte da primeira etapa para a implantação de uma política de notificação municipal para que, futuramente, o comunicado seja feito de maneira compulsória. Sendo assim, as clínicas deverão encaminhar obrigatoriamente às autoridades de saúde pública os casos ocorridos, dada a relevância que envolve a saúde humana, ambiental e animal. Com o levantamento epidemiológico completo, o município poderá traçar medidas de controle mais efetivas e direcionadas como, por exemplo, ações pontuais em bairros que apresentem maior número de notificações. O projeto, que está em fase inicial, deverá ser encaminhado à Câmara Municipal para que possa virar decreto após a avaliação do legislativo. Transmissão A transmissão da leishmaniose visceral canina ocorre pela picada do mosquito-palha e afeta principalmente cães e humanos. A leishmaniose visceral canina não é transmitida pelo contato direto entre animais domésticos e o ser humano. É necessário que o mosquito pique um animal infectado e em seguida um humano – ou vice-versa -, ocasião em que transmite o protozoário. A leishmaniose visceral nos seres humanos ataca principalmente o sistema imunológico, causando insuficiência renal crônica, emagrecimento, atrofia muscular, febre, artrite e diarreia. Nos animais, observa-se queda de pelos, descamação cutânea e presença de ulcerações localizadas ou difusas, além de uma generalizada letargia e emagrecimento.