China quer importar do Brasil bucho, mocotó, tripa e até órgãos sexuais do boi

Os frigoríficos produtores de carne bovina do Brasil aguardam, para este ano, o fechamento de uma das mais importantes negociações lideradas pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com a China, no mercado de proteína animal. Trata-se da permissão do governo chinês para que as indústrias brasileiras exportem diretamente miúdos bovinos, hoje vendidos apenas para Hong Kong e que representam 7% das exportações do setor.

Identificados na linguagem da Cacex, do Ministério da Economia, como “despojos comestíveis de carnes, preparados ou preservados”, ele abrange tudo que existe dentro do boi. Dos intestinos e vísceras ao vergalho (órgão genital no boi), vendido como afrodisíaco nos preparos de sopas e mais valioso que carnes que os chineses continentais compram do Brasil.

E no país que se orgulha de abrigar o maior plantel de gado bovino para criação e abate do mundo e exportar US$ 8,5 bilhões por ano, vendendo 2 milhões de toneladas abrindo um mercado que hoje não pode ser acessado diretamente – embora os frigoríficos já vendam para o país indiretamente, uma vez que empresas de Hong Kong reexportam para a China continental.

Isso faz de Hong Kong o segundo maior cliente do Brasil, que compra US$ 80 milhões/mês (ou US$ 1 bilhão por ano) desses itens.

Se a China importar miúdos brasileiros, a expectativa é dobrar esse volume com preços bastante interessantes, já que os chineses preferem os miúdos para sua culinária de sopas e caldos.

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