Cantador Aldy Carvalho lança “Tempo Menino” construído no horizonte da pandemia

Aldy Carvalho é daqueles poetas/cantadores genuinamente nordestinos que sabe de cada palmo de chão em que pisou e cada légua que trilhou da caatinga sertaneja aos grandes centros, como São Paulo. Nos dois sentidos, sua arte com todos os elementos da arte oriunda de sua região de origem, reverbera entre fronteiras. “É uma questão identitária, de afirmação que carrego com orgulho”, afirma o artista que no trajeto da pandemia, não baixou a cabeça.

Radicado em Sampa, mandou ver nos versos e acordes de seu violão para gestar seu novo álbum (Cd-formato físico) que batizou Tempo Menino com novos conceitos poéticos, harmônicos e instrumental.
Depois da trilogia “Alforje”, “Cantos d’Algibeira” e ‘SerTão andante”, o novo projeto, “Tempo-menino”, chega com uma carga poética vigorosa de dez canções brilhantes que pelos títulos já dão ao ouvinte a noção de um olhar atento para o mundo ao redor com suas composições em que se cruzam versos e crônica alinhadas com  o lado bom da vida e as belezas de um sertão que vai além da caatinga, costurando suas belezas, cores, sabores e sua gente.

Entre as dez composições quatro são de autoria do artista “Alfenin”, “Gostar e querer bem”, “Guaxinim” e “Toadinha cabocla”. Já “Tempo-Menino” (soneto inglês em galope à beira mar), foi assinada em parceria com Rubênio Marcelo, poeta e compositor cearense radicado em Campo Grande/MS;    A Terra é toda sua”, com Geraldo Olinda, Cantiga II,  com Marcos Haurelio e Coisas do Sertão, com Nildo Freitas.

A bela arte da capa e contracapa é do artista plástico e músico Ivan Jubram. O ensaísta e educador Ely Veríssimo, grande entusiasta e apreciador da poesia que emana dos cantadores e dos cordelistas escreveu que “Tempo-Menino é como uma caixa de brinquedos guardada no sótão da nossa memória e que, um dia, procurando outra coisa, encontramos, maravilhados, aquele tesouro que pensávamos perdido. E reconhecemos, no desgaste dos cantos, da caixa e do cantor, o sentimento que experimentamos na primeira vez que brincamos. Estão, lá, nossos cenários heroicos, em que enfrentamos vilões e dragões pra defender a bem-amada; o cheiro de terra molhada nos dias de chuva, o alarido das brincadeiras e das festas, mas, também, o desejo de mudar o mundo”.

No conjunto da nova  obra artística, pode-se destacar a música “Guaxinim”, que fez parte da trilha sonora do filme “Cantigas: o Sertão e suas danças”, de Luciano Peixinho, e “Meu Sertão”, parceria com o jornalista Humberto Mesquita para o documentário Descendentes do sertão”, (Brasil, 2021). Poeta, cantador, escritor, contista, compositor, e violonista, se faz necessário observar que o artista mescla e condensa de maneira peculiar o seu universo de origem, o nordeste.  O novo Cd pode ser adquirido através do email pazinko@gmail.com

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