Candidatura de Pablo Marçal à presidência segue em dúvida e aguarda decisão do TSE

A candidatura do empresário e coach Pablo Marçal (Pros) à presidência da República pode tomar um novo rumo ainda nesta semana, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga o mérito da liminar que devolveu a Eurípedes Júnior o comando do partido, na última sexta (5), e o pedido de revogação do registro junto à Justiça Eleitoral.

Será um novo capítulo da disputa de poder interna que vem ocorrendo desde março e que teve três desdobramentos na última semana. De um lado, o grupo ligado a Eurípedes, fundador do partido, defende o apoio à chapa Lula-Alckmin (PT-PSB) nas eleições deste ano, enquanto que do outro, a ala do agora ex-presidente Marcus Holanda quer ir para a disputa com candidato próprio.

A candidatura de Pablo Marçal segue registrada no sistema do TSE, com algumas certidões faltantes pedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, mas confirmada para concorrer. O próprio candidato, apesar do imbróglio interno, vem reafirmando que segue na disputa e que vai recorrer a todas às instâncias possíveis para não ter o registro cancelado.

São, pelo menos, dois processos que correm no TSE sobre a disputa interna do Pros: o primeiro, com julgamento marcado para esta quarta (10), conclui a análise da reclamação protocolada por Eurípedes Junior para voltar ao comando da legenda, deferida por uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski na última sexta (5).

Já o segundo, ainda a ser marcado, é sobre a retirada da candidatura de Pablo Marçal à presidência, decidida em uma convenção realizada também na sexta (5), logo após o retorno de Eurípedes ao comando do partido.

Nas atas do encontro, disponibilizadas pelo TSE no começo da noite desta segunda (8), o Pros afirma que a revogação da candidatura foi decidida por unanimidade dos 29 correligionários presentes na reunião, e que a executiva nacional passou a ter plenos poderes para decidir os rumos do partido sem precisar convocar uma nova reunião.

“Em regime de votação, foi aprovado pela unanimidade dos presentes a proposta de delegação de poderes gerais à Comissão Executiva Nacional do PROS, que, a partir da presente data, fica convocada permanentemente, sem necessidade de convocação formal, para deliberar sobre todo e qualquer assunto não tratado na presente convenção”, diz a ata.

O TSE informou que o pedido de “retirada de candidatura” ainda deverá ser formalizado junto ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo de registro de Marçal. Havia a previsão de julgar esse mérito no Pleno ainda nesta terça (9), mas o assunto não entrou na pauta do tribunal.

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