Com polêmica, Câmara de Petrolina (PE) aprova lei que altera reforma da Previdência Municipal por Postado em 18 de novembro de 2021 foto: Blog Edenevaldo Alves Servidores Públicos Municipais lotaram a Câmara de Vereadores de Petrolina (PE), na sessão realizada na manhã desta quinta-feira (18), para acompanhar a votação do Projeto de Lei Complementar nº 004/2021 que altera a lei municipal nº 1.990/2007, instituindo a Reforma da Previdência no Município. O PL, de autoria do Poder Executivo, foi aprovado em primeira e segunda votação. Durante as discussões, o plenário foi tomado por argumentos acalorados dos vereadores contrários ao texto, que afirmam que o projeto retira os poucos direitos dos trabalhadores. Os integrantes da base de apoio ao governo, por sua vez, rebateram as argumentações dizendo que a reforma é necessária, devido ao déficit previdenciário. O vereador Gilmar Santos (PT), afirmou que o PL chegou na calada da noite, no dia 16 de novembro, e a Comissão de Justiça, em 24h, deu o parecer favorável. “Um projeto absolutamente covarde, que não respeita a democracia e que poderia garantir a categoria o direito de ser ouvida. Não faz sentido, tem motivo de muita vergonha dessa casa aprovar um projeto criminoso desse”, disparou. Samara da Visão (PSD) também se posicionou contrária ao projeto e questionou a ausência de dados do Instituto de Gestão Previdenciária do Município de Petrolina (IGEPREV), no texto. “Esse projeto retira direitos. A gente recebeu esse projeto sem dados do que é que o IGEPREV tem hoje, é uma coisa muito obscura para gente retirar direitos de vocês. Meu voto é contrário por acreditar que um momento desse é impossível retirar direitos”, assegurou. O vereador de situação, Diogo Hoffman (PSC), que é servidor público do INSS, explicou que a reforma da previdência não é uma pauta de um partido ou governo, e defendeu o projeto salientando que estuda o tema. “Tivemos um governo de esquerda que reformou a previdência, governo de centro, como Fernando Henrique que reformou a previdência, governo de direita, como Bolsonaro, que também reformou a previdência. E por conta dessa reforma da previdência, o município precisa se adequar à essas regras. E eu estou falando aqui como alguém que entende, que estuda esse tema há muito tempo, que se o município não se adequar à essas regras, nós corremos o risco do IGEPREV fechar. Nós não estamos aqui tirando direitos, nós estamos aqui adequando regime às regras federais”, esclareceu.