Brasileira que sofreu tentativa de estupro vai ser beatificada pelo papa

O papa Francisco autorizou o decreto de martírio para a brasileira Isabel Cristina Mrad Campos, assassinada aos 20 anos enquanto tentava fugir de uma tentativa de estupro, em 1982. Por meio do decreto, ela vai ser proclamada beata.

Em 2001, Isabel recebeu o título de “serva de Deus” do Vaticano, quando um grupo de pessoas entrou com um processo para a sua beatificação. A causa foi conduzida pelo Tribunal Eclesiástico instituído por Dom Luciano, que durante oito anos reuniu documentos, colheu depoimentos e testemunhos para atestar a religiosidade da jovem e que permitiram formalizar o processo. Ela fez parte da Associação de Voluntários da “Conferência de São Vicente”, e muitos testemunharam sua ajuda às pessoas com deficiência e aos mais pobres.

Quem era Isabel

Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena (MG) — cidade a cerca de 170 km de Belo Horizonte —, filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos. Com o sonho de cursar medicina, foi para Juiz de Fora (MG), em 1982, fazer um pré-vestibular. Na época, seu pai era presidente do Conselho Central de Barbacena.

Em 1º de setembro do 1982, um homem que foi montar um guarda-roupa no apartamento onde morava com o irmão, em Juiz de Fora, tentou violentá-la. Ao oferecer resistência, ela foi agredida com uma cadeira, depois foi amarrada, amordaçada e teve suas roupas rasgadas. Como continuou resistindo aos ataques, Isabel foi morta a facadas.

O túmulo da mineira, que fica na Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena, costuma receber visitas de fiéis de todo o país. Ela é comparada à Santa Maria Goretti, que também morreu lutando contra o seu agressor.

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