Brasil se destaca na busca por uma vacina contra a Covid-19 por Edenevaldo Alves Postado em 7 de julho de 2020 A health worker manipulates a blood sample at the COVID-19 area of the Microanalisis Integral Laboratory in the Versalles Clinic, on June 25, 2020 in Cali, Colombia. (Photo by Luis ROBAYO / AFP) O Brasil não conseguiu conter a pandemia do coronavírus, mas paradoxalmente está bem posicionado no campo das vacinas, com testes em larga escala e a produção de milhões de doses à vista. Diferentemente da Europa, ou da China, o vírus ainda está em plena expansão por aqui, condição ideal para testar a eficácia de uma vacina, no segundo país mais afetado do mundo, depois dos Estados Unidos. Maior produtor mundial de vacinas contra febre amarela, o Brasil também é reconhecido por sua expertise no campo das vacinas, que produz em larga escala nos institutos públicos de referência. É por isso que os responsáveis por dois dos projetos mais avançados, o da Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca, e o da chinesa Sinovac, realizarão em milhares de brasileiros os testes da fase 3, última etapa antes da homologação. Apenas três projetos em todo mundo chegaram a essa fase e o Brasil não sairá perdendo, com acordos de transferência de tecnologia que lhe permitirão, se os testes forem conclusivos, produzir essas mesmas vacinas para imunizar rapidamente sua população e até exportar doses para países vizinhos. Com medidas de isolamento social geralmente pouco rigorosas, aplicadas de forma caótica de acordo com os estados, o Brasil, de 212 milhões de habitantes, não conseguiu conter a pandemia, que avança agora para o interior.