Brasil já tem a maior taxa de mortalidade por Covid-19 das Américas por Edenevaldo Alves Postado em 20 de abril de 2021 People mourn as a relative is buried by cemetery workers in protective gear as a preventive measure against the spread of the novel coronavirus disease, COVID-19, at the Vila Formosa cemetery in Sao Paulo, Brazil, on April 17, 2021. - The number of people who have died worldwide in the Covid-19 pandemic has surpassed three million. The worlds Covid-19 death toll surpassed three million on Saturday, according to Johns Hopkins University. (Photo by Miguel SCHINCARIOL / AFP) O Brasil com frequência alega que seu alto número de mortes por Covid-19 é justificado por seu grande número de habitantes, mas a segunda onda pandêmica já o tornou o país com a maior taxa de mortalidade no continente americano e no hemisfério sul. Os Estados Unidos são o país com mais mortes por coronavírus no mundo (quase 570.000), seguido pelo Brasil (com cerca de 375.000). Porém, em termos relativos, o Brasil, com 176 mortes a cada 100.000 habitantes, assumiu a liderança nos últimos dias contra seus vizinhos mais atingidos: Peru (174/100.000), Estados Unidos (172) e México (165), segundo dados atualizados diariamente pela AFP com base em fontes oficiais. A taxa de mortalidade do país sul-americano, de 212 milhões de habitantes, também pode superar em menos de um mês a do Reino Unido (187/100.000) e da Itália (194) e ficar atrás apenas da Bélgica e de alguns países do Centro e Leste Europeu, segundo projeções do demógrafo José Eustáquio Alves. “Em março e abril, o Brasil bateu todos os recordes, com uma media móvel de quase 3.000, (o que o fez) dar um salto no ranking mundial”, disse à AFP nesta terça-feira o pesquisador, professor aposentado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Brasil “hoje tem a maior taxa de mortalidade do continente americano e de todo o hemisfério sul”, acrescentou. Na última semana, aparentemente a curva “estabilizou em alto platô”, abaixo de 3.000 mortes por dia. Mas também é possível que haja uma nova onda porque vai vir o inverno” e com a “a maioria de governadores e prefeitos flexibilizando o isolamento social”, alertou.