Bolsonaro não constrangeu Moro durante reunião, avalia senador Fernando Bezerra por Edenevaldo Alves Postado em 25 de maio de 2020 Em à CNN Brasil, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Senado, avaliou que a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril demonstrou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não constrangeu o ex-ministro Sergio Moro. A gravação foi liberada pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que investiga a acusação de Moro de que Bolsonaro interferiu na Polícia Federal. “É importante que a gente recupere a razão do vídeo ter sido divulgado. Foi um dos elementos de prova por parte do ex-ministro Sergio Moro para caracterizar o constrangimento ou tentativa de interferência por parte do presidente Bolsonaro em relação à Polícia Federal. De forma cabal, a divulgação do vídeo demonstrou que o presidente, em nenhum momento, criou constrangimento na reunião para o ex-ministro e em nenhum momento falou de Polícia Federal.” “Acredito que a oportunidade da divulgação vai levar que a PGR possa opinar pelo arquivamento do inquérito que foi aberto. Do ponto de vista jurídico e político foi muito importante a divulgação do vídeo pois veio para reforçar todas as palavras do presidente a respeito deste episódio”, afirma. O senador também avalia que o fato de ser Moro quem acusa o presidente não deve ter relevância extra. “Na realidade, o que nós estamos vendo é que os argumentos apresentados pelo ex-ministro não apresentam nenhuma prova, isso está ficando evidente. Em relação a outros pontos do vídeo, realmente tem preocupado e gerado muitas críticas entre colegas deputados e senadores, principalmente as falas do ministro da Educação, Abraham Weintraub”, pondera. “Fora os excessos verbais, que em uma reunião privada é natural que ocorra, acredito que a única fala fora de todo o contexto que caracteriza uma agressão tanto ao Congresso quanto ao Supremo, foi a fala do ministro da Educação. Acredito que a reunião toda se caracterizou como de trabalho. O presidente cobrava fidelidade da equipe para que os ministros não ficassem só no anúncio das coisas positivas, mas que viessem também para defender o presidente nos momentos que ele estaria sendo atacado pelos adversários ou imprensa”, disse.