Artigo: Educar para inovar por Janguiê Diniz

Um dos termos mais citados nos campos de economia, mercado de trabalho e negócios é a inovação. Parece uma “nova” palavra mágica, centro de todo o pensamento moderno. Empresas buscam inovação, profissionais precisam inovar, países investem em ideias inovadoras. Temos toda essa consciência lá na frente, mas, um pouco mais atrás, no campo da educação, o pensamento inovador ainda não é valorizado e disseminado como deveria.

Reflexo disso é que o país ainda está muito longe de níveis bons de inovação. O Índice Global de Inovação colocou o Brasil, em 2018, na 64ª posição de 126 países – um patamar muito aquém do potencial que temos, dado o tamanho do país e a inventividade da população. Creio que muito dessa “responsabilidade” está no fato de não estimularmos adequadamente o pensamento inovador desde a escola. É bem verdade que, hoje, já vemos colégios que introduzem disciplinas como empreendedorismo, inovação e finanças em seus currículos acadêmicos, mas ainda é um percentual pequeno dentro do universo da educação básica nacional.

Quem sabe quantas mentes potencialmente inovadoras não se perdem por aí apenas por não serem estimuladas, desenvolvidas? Quantos gênios e possíveis líderes de sucesso deixam de brilhar por não terem a oportunidade e o incentivo necessários desde cedo? Há décadas é dito que o Brasil é “o país do futuro”, e esse futuro nunca chegou. Talvez, porque não o preparamos. São essas mentes que estão nos colégios hoje que serão o futuro e, portanto, precisam ser desenvolvidas agora, sob pena de, lá na frente, não darem os mesmos frutos que poderiam.

Muito se fala em políticas públicas, muito é cobrado do Governo – que, sim, deve fazer sua parte, estimulando o pensamento inovador nas escolas públicas –, mas também cabe à iniciativa privada adotar um currículo escolar modernizado, alinhado com as necessidades da sociedade digital em que vivemos, em que tudo muda tão rápido e novas coisas surgem a cada instante. É preciso que nossas crianças e nossos adolescentes cheguem à vida adulta preparados para serem inovadores. Afinal, essa qualidade não é mais um diferencial, e sim uma obrigação para quem quer ter sucesso na vida.

Por Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

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