Após polêmica, votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) é adiada para a próxima semana

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O vereador Pérsio Antunes (PV) entrou com um pedido de vista na sessão plenária desta quinta-feira (1), que pede o adiamento da votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), Projeto de lei nº 019/16que define as prioridades e as metas que devem ser atingidas e que disciplina todas as ações do Governo Municipal.

Com uma despesa e receita estipulada no valor de R$ 710.575.99,00, o vereador não concorda que apenas R$ 308 mil reais sejam destinadas a área irrigada em Petrolina.

“Esse projeto está há dois meses na casa, mas observando de ontem para cá, alguns detalhes não condizem com a realidade. Para a educação está previsto R$ 220 milhões, para a saúde R$ 117 milhões e não é justo a área irrigada receber apenas R$ 308 mil. 60% dos empregos hoje dependem da agricultura e a maioria não tem um sistema de tratamento de água. Como é que o executivo não pensa nisso? Para o São João foram mais de R$ 5 milhões”, frisa Pérsio Antunes.

Para o ano de 2016, o orçamento foi de R$ 712 milhões, uma retração de aproximadamente R$ 2 milhões relacionado ao que está previsto de orçamento para 2017.

O líder da situação Adalberto Bruno Filho orientou aos demais situacionistas, que votassem contra o pedido de vista do vereador Pérsio Antunes. O resultado acabou sendo: 12 votos a favor e 5 contra. Cristina Costa, Geraldo da Acerola, Paraíba, Betão e Ailton Guimarães foram contrários ao pedido de vista de Pérsio.

A polêmica em relação ao projeto só estava começando, quando Pérsio afirmou que quem votou contra o seu pedido, está sendo contra a área irrigada.

A vereadora Cristina Costa e o vereador Betão rebateram Pérsio, alegando que da Lei Orçamentária, o futuro prefeito de Petrolina terá da receita R$ 150 milhões e que parte da verba poderá ser destinada a área irrigada.

“Tiveram dois meses para discutir a LOA e Pérsio que está passando por um momento de dificuldade poderia ter sentado com o executivo para questionar o que ele considera insuficiente na LOA. Eu não votei contra a área irrigada, eu analisei o orçamento como um todo e nesse momento quem tem o planejamento sobre qual secretaria precisa de mais recursos é o município e a partir de 2017 Miguel Coelho é quem vai definir isso com a sua reforma administrativa e muitas de suas secretarias serão difundidas”, argumenta Cristina Costa.

Um dos autores da polêmica da LOA na sessão desta quinta-feira (1), Ronaldo Souza, afirma que aplicou 32 emendas ao projeto e não concorda com a insuficiência dos recursos que estão destinados para a área irrigada.

“A irrigação é essencial para o município do porte de Petrolina e aqui existem vereadores que vivem de assistencialismo, votaram contra a agricultura e foram bem votados nessas áreas”, disparou.

Cancão alega ainda que o atual prefeito não pode deixar de reavaliar a LOA, já que o mandato termina no dia 31 de dezembro e o prazo para o projeto ser votado termina na próxima semana.

“Ele está saindo e esse orçamento é para o futuro prefeito de Petrolina, que também errou em não colocar alguém da área de finanças para analisar a LOA e faria um remanejamento de rubrica. Então o projeto precisa passar até a próxima terça”, finaliza o vereador.

 

 

 

 

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