Após denúncia do Simepe, Hospital Barão de Lucena sofre interdição ética do Cremepe

O Hospital Barão de Lucena (HBL), localizado na Zona Oeste do Recife, recebeu a interdição ética do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), após denúncia formais realizada pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). O caos que o hospital se encontra expondo ao risco profissionais e pacientes que buscam atendimento na unidade de saúde. Falta de insumos básicos e a exposição do profissional médico a jornadas excessivas e a atuação profissional sem as condições necessárias para o trabalho estão entre as principais queixas. De acordo com o Cremepe, a unidade de saúde já havia sido notificada, no último mês de dezembro, para que a direção solucionasse os problemas no prazo de 30 dias.

Veja, na íntegra, a nota emitida pelo Simepe nesta quinta-feira (18):

NOTA OFICIAL

O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) reitera seu compromisso com a defesa dos profissionais médicos, especialmente os que desempenham suas funções no Hospital Barão de Lucena (HBL). Diante das preocupações levantadas e as adversidades enfrentadas no equipamento de saúde, informamos que, mediante as denúncias realizadas pelo sindicato ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE), a unidade hospitalar recebeu a notificação de interdição ética nesta quarta-feira (17). Os procedimentos eletivos estão suspensos, evitando assim a exposição de profissionais médicos e de pacientes ao risco da desassistência provocada pelas condições precárias do HBL.

Em meio ao caos, destacamos a atuação incansável do sindicato em acolher denúncias sobre a real situação da instituição de saúde. A entidade sindical atua na busca por garantia de que as devidas providências sejam tomadas, pela gestão estadual, para assegurar condições adequadas de trabalho aos profissionais e, consequentemente, uma assistência de qualidade à população.

O Simepe destaca, também, que não é a primeira vez que a entidade vem a público denunciar o cenário caótico enfrentado no HBL e nos principais hospitais do Estado. É inadmissível e não há como fechar os olhos à situação de abandono e desassistência que, infelizmente, se tornou corriqueira ao longo dos últimos 13 meses. Profissionais e a sociedade correm sérios riscos, seja por jornadas excessivas sem as condições mínimas necessárias, seja pela ausência de leitos e medicações básicas necessárias em unidades hospitalares para o tratamento das intercorrências.

Reiteramos nosso compromisso em defender os interesses dos médicos e a qualidade do sistema de saúde da rede estadual, estando sempre atentos e agindo em prol do bem-estar da população pernambucana.

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