Aos incrédulos, Técnico da Juazeirense avisa: “Nós não estamos mortos não”

A amarga derrota sofrida pela Juazeirense diante do Atlético na última quarta-feira, em pleno Estádio Adauto Moraes, ainda não foi digerido pela direção, comissão técnica, jogadores e torcedores do Carrossel do Sertão. Afinal, sem soberba e clima de já ganhou, todo planejamento havia sido elaborado para não haver surpresas no primeiro confronto entre os semifinalistas do campeonato baiano, e outro resultado que não fosse a vitória passava longe das pretensões da equipe tricolor.

Em campo, no entanto, nada deu certo e as razões que davam ao time da casa um certo favoritismo foram caindo uma a uma a cada gol marcado pelo adversário.
De repente, o trabalho desenvolvido pelo técnico Carlos Rabelo passou a ser questionado, e o inesperado tropeço serviu de pano de fundo para ressentimentos e críticas a jogadores, além de ressuscitar teorias conspiratórias que maculam, mas não justificam a imprevisibilidade do fantástico e fascinante mundo do futebol.

A vantagem agora mudou de lado, mas o objetivo continua o mesmo: chegar à decisão do campeonato baiano deste ano pela primeira vez. Nesse clima de otimismo e pés no chão, o técnico Rabelo atendeu à imprensa na manhã desta quinta-feira 31, após comandar a última atividade antes da viagem para Alagoinhas, e mandou recado àqueles que não acreditam na classificação da Juazeirense.

Confira os principais trechos da fala de Rabelo:

Pergunta: Para grande parte da imprensa, o Atlético já é finalista do campeonato baiano. O senhor concorda com isso?

Resposta: Teoricamente, um time que faz 4 a 1 e vai para o segundo jogo com a vantagem de três gols, como é o caso, fica numa situação confortável. Mas, eu quero dizer que nós não estamos mortos não.

Pergunta: Como o senhor analisa a atuação da Juazeirense na última quarta-feira?

Resposta: É fato que nós não fizemos uma boa exibição e não tivemos competência para transformar em gols as muitas oportunidades reais que criamos, principalmente no segundo tempo. Nós demos espaço ao adversário e não vamos negar que eles tiveram mérito para vencer.

Pergunta: Como treinador, o senhor já viveu essa experiência de precisar vencer com larga margem de gols para conseguir um objetivo?

Resposta: Já. Já tive essa experiência no São Bento, no campeonato paulista, no Atlético Goianiense revertemos situação parecida em jogo de mata-mata. Nós temos um somatório de experiências positivas que podem ajudar muito nessa hora.

Pergunta: O que fazer para reverter o cenário e reescrever a história?

Resposta: Primeiro, deixar claro que nós continuamos vivos. Mesmo jogando na casa do adversário, não teremos influências de torcedores como acontece em todos os jogos, e isso é um fator que ajuda também. Estamos cientes que atuamos abaixo da média, e agora é trabalhar e elevar o moral dos jogadores, porque da mesma forma que eles acharam quatro gols aqui, nós temos capacidade de fazer o mesmo lá em Alagoinhas, como aconteceu recentemente contra o Bahia de Feira.

Pergunta: O que é mais importante e pode influir para que isso aconteça?

Resposta: O indicativo maior vai depender dos atletas. Tudo passa por eles. Eles é que precisam estar motivados e acreditar que podem. Isso vem de dentro de cada um e eles precisam saber disso e acreditar sempre.

Pergunta: Nessa hora, o que é mais importante: o diálogo, a mudança de postura ou a simples troca de peças?

Resposta: Tudo isso é importante e o bom resultado é fruto da somatória desses e de outros elementos que vão do psicológico ao físico, passando pela capacidade técnica individual de cada um. A postura que nós tivemos contra o Bahia de Feira, é a mesma que devemos ter em todos os jogos, e foi essa atitude que nós não tivemos aqui no primeiro jogo. De repente, esquecemos que estávamos num jogo de semifinal e o espírito para encarar um jogo de semifinal não estava incorporado no atleta. É importantíssimo que esse comportamento não se repita neste domingo. (Ascom)

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