Advogado de Yuri Novaes diz que prisão dele é absurda e desabafa: “A Corte Interamericana de Direitos Humanos precisa urgentemente atuar no Brasil “

Repercutiu a nível nacional o assunto em relação a prisão do petrolinense Yuri Batista Novaes Goiana Ferraz, denunciada pelo jornal O Globo. O advogado de defesa, o Dr. Jônatan Meireles, desabafou sobre a situação:

“Com irresignação precisei me manifestar na data de hoje sobre questionamento perante a mídia nacional. Não me recordo de tamanho absurdo processual na história recente da República. Esta semana o investigado (que é advogado) completa 90 dias preso sem qualquer existência de ação penal. Não houve denúncia e o prazo legal se encontra excessivamente superado. 90 dias preso sem denúncia, sem acusação formal, é grave violação aos direitos humanos em qualquer país decente sob regime democrático.

Se não bastasse o absurdo, o investigado se encontra classificado como paciente de risco em relação ao COVID-19, com atestados e relatórios da lavra de 3 médicos das mais diversas especialidades, e ainda por perito oficial do Estado.

Ambas as alegações sequer foram enfrentadas pela Suprema Corte e o investigado se encontra em segregação cautelar todo esse tempo.

A PGR já se manifestou em 2 oportunidades pela soltura do investigado, mas a ordem é de manutenção da prisão.
Indago: Qual será o preço que a democracia deve pagar por isso?

E a advocacia? Sobretudo em se tratando de investigado que detém a condição de advogado?
A Corte Interamericana de Direitos Humanos precisa urgentemente atuar no Brasil.”

Na semana passada o ministro Alexandre Moraes negou um pedido de soltura apresentado pelos advogados. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se manifestado favoravelmente, sugerindo que a aplicação de medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição do acesso à internet seriam suficientes, mas o ministro apontou que a PF ainda analisa o material apreendido.

Diante disso, a defesa recorreu para que o caso seja levado aos demais ministros.

A prisão foi determinada no âmbito do inquérito das fake news, porque o caso envolve suspeitas de que o megavazamento também continha dados de ministros do STF. Um outro alvo também foi preso pela PF.

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