Administradores do Sanatório de Juazeiro esperam que Lei à saúde mental seja cumprida: “não vamos fechar as portas”

O Sanatório Nossa Senhora de Fátima, que funciona em Juazeiro há 62 anos não fechará mais as portas.

O risco dessa possibilidade ocorreu por conta da dívida que a unidade enfrenta que ultrapassa mais de 1 milhão de reais.

Esse valor inclui os salários dos funcionários que estão atrasados há três meses, da mesma forma, as contas de água, energia, medicamentos, obrigações trabalhistas e outros insumos.

“O sanatório passa por dificuldades há 16 anos. Aqui na região eu creio que existe só esse sanatório. Em 2017, o então presidente Michel Temer sancionou uma lei que determinava que não era mais para acaberem com os hospitais psiquiátricos e sim revitalizar. Com o Governo Bolsonaro, esse hospitais devem ser ajudados pelos municípios na saúde mental, não vamos fechar as portas “, ressalta a administradora do estabelecimento Maria Olivia Dewilson Oliveira.

O sanatório atualmente está sucateado e precisa urgente de uma reforma. Com a Lei, os administradores acreditam na revitalização e cumprimento das portarias.

Entre outros pontos,  a lei prevê a internação em hospitais psiquiátricos e o financiamento para compra de máquina de eletrochoques.

Os principais itens em consulta interna no ministério da saúde são:

  • Inclusão dos hospitais psiquiátricos nas Redes de Atenção Psicossocial (Raps);
  • Financiamento para compra de aparelhos de eletroconvulsoterapia, mais conhecidos como eletrochoque;
  • Possibilidade de internação de crianças e adolescentes;
  • Abstinência como uma das opções da política de atenção às drogas.

Com uma resolução de dezembro de 2017, o Ministério da Saúde incluiu os hospitais psiquiátricos, junto com os ambulatórios e os hospitais-dia, nas Redes de Atenção Psicossocial (Raps) do SUS, que tratam do cuidado à saúde mental. Não haverá mais o chamado “modelo substitutivo”. Dessa forma, os Caps não irão mais substituir os hospitais psiquiátricos que ainda permanecem em atividade — os dois modelos de atendimento deverão coexistir.

Por outro lado, o documento proíbe a ampliação do número de leitos em hospitais psiquiátricos, determinando que esses leitos sejam oferecidos em hospitais gerais, dentro de enfermarias especializadas. Em sua atual versão, a norma do Ministério da Saúde estabelece que os hospitais gerais devem ter equipe qualificada, com enfermaria especializada ao atendimento psiquiátrico, com até 30 leitos.

1 Comentário

  1. Diego Barrense

    23 de agosto de 2019 em 08:43

    Não bastasse a falência do modelo manicomial, eis que vemos a falência do horrendo e mais que ultrapassado manicômio de Juazeiro. Parece até piada que ainda estejam falando em financiamento de aparelho de eletrochoque, pena que não. Sinais desse sombrio momento político que atravessamos no país, onde verdadeiros vermes tentam atacar o direito à saúde mental e a liberdade das pessoas em busca de legitimarem um modelo perverso de aprisionamento e geração de lucro. Absurdo!!!

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