Administradores do Sanatório de Juazeiro esperam que Lei à saúde mental seja cumprida: “não vamos fechar as portas” por Edenevaldo Alves Postado em 22 de agosto de 2019 O Sanatório Nossa Senhora de Fátima, que funciona em Juazeiro há 62 anos não fechará mais as portas. O risco dessa possibilidade ocorreu por conta da dívida que a unidade enfrenta que ultrapassa mais de 1 milhão de reais. Esse valor inclui os salários dos funcionários que estão atrasados há três meses, da mesma forma, as contas de água, energia, medicamentos, obrigações trabalhistas e outros insumos. “O sanatório passa por dificuldades há 16 anos. Aqui na região eu creio que existe só esse sanatório. Em 2017, o então presidente Michel Temer sancionou uma lei que determinava que não era mais para acaberem com os hospitais psiquiátricos e sim revitalizar. Com o Governo Bolsonaro, esse hospitais devem ser ajudados pelos municípios na saúde mental, não vamos fechar as portas “, ressalta a administradora do estabelecimento Maria Olivia Dewilson Oliveira. O sanatório atualmente está sucateado e precisa urgente de uma reforma. Com a Lei, os administradores acreditam na revitalização e cumprimento das portarias. Entre outros pontos, a lei prevê a internação em hospitais psiquiátricos e o financiamento para compra de máquina de eletrochoques. Os principais itens em consulta interna no ministério da saúde são: Inclusão dos hospitais psiquiátricos nas Redes de Atenção Psicossocial (Raps); Financiamento para compra de aparelhos de eletroconvulsoterapia, mais conhecidos como eletrochoque; Possibilidade de internação de crianças e adolescentes; Abstinência como uma das opções da política de atenção às drogas. Com uma resolução de dezembro de 2017, o Ministério da Saúde incluiu os hospitais psiquiátricos, junto com os ambulatórios e os hospitais-dia, nas Redes de Atenção Psicossocial (Raps) do SUS, que tratam do cuidado à saúde mental. Não haverá mais o chamado “modelo substitutivo”. Dessa forma, os Caps não irão mais substituir os hospitais psiquiátricos que ainda permanecem em atividade — os dois modelos de atendimento deverão coexistir. Por outro lado, o documento proíbe a ampliação do número de leitos em hospitais psiquiátricos, determinando que esses leitos sejam oferecidos em hospitais gerais, dentro de enfermarias especializadas. Em sua atual versão, a norma do Ministério da Saúde estabelece que os hospitais gerais devem ter equipe qualificada, com enfermaria especializada ao atendimento psiquiátrico, com até 30 leitos.