Funcionários terceirizados da empresa JM Engenheiros Consultores, contratada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba – CODEVASF – 3ª Superintendência Regional Petrolina, estão revoltados e enviaram denúncia ao Blog.
Segundo informações, há seis meses, um grupo de aproximadamente 30 pessoas, entre engenheiros, psicólogos, técnicos agrícolas, assistentes administrativos que trabalham para a empresa não recebem pagamento.
Os funcionários afirmam que neste período, muitos estão em depressão, passando por necessidades financeiras, devendo ao comércio local e ainda não apresentam condições para sustentar os filhos e alguns com apenas seis meses de nascido, alem de não terem dinheiro para quitar planos de saúde e a escola dos filhos.
A empresa alega de acordo com os trabalhadores, que não há previsão para pagamento dos funcionários e garantiu um processo que deve durar até o final de dezembro, que seria o envio de um orçamentário que ainda não chegou que será empenhado, depois ocorre a medição e análise, em seguida são observadas as faturas para no final enviar os dados à Brasília para pagar os prestadores de servições, mas todos já estão sem paciência.
Uma pessoa anônima cansada com o descaso que vem acontecendo, entrou com uma representação no Ministério Público do Trabalho em Petrolina, contra a empresa.
No inquérito, a pessoa relata que a JM Engenheiros Consultores obrigou os funcionários a fazerem uma carta, alegando que seriam afastados por 90 dias para resolver questões pessoais, mas a pessoa afirma que essa medida foi feita pela empresa para não pagar os salários em atraso. A audiência sobre o caso acontece nesta segunda-feira (12) às 14h30, no Ministério Público do Trabalho, em Petrolina.
Confira o desabafo dos funcionários enviado ao Blog em forma de carta:
Essa é uma realidade de indignação viramos chacota de pessoas que tem qualificação profissional como nós nos temos tratando com desprezo e descaso somos nordestinos ou somos filhos adotados por essa terra, mas não somos um nada como estamos sendo rotulados por essa classe desprovida de ética profissional para lidar com as adversidades vividas na vida profissional.
Somos competentes, éticos, humanos e generosos, pois aguentamos calados até agora esse massacre em massa por diretores e subordinados dos setores que gerenciam essa empresa a qual recorremos em busca de esclarecimentos, pois o preposto aqui designado para nos dar suporte não nos dar respostas diante das situações vividas por essa equipe qualificada e ética que buscava sempre seguir a hierarquia dessa empresa, somos vistos como coitados, mas somos dignos nunca humilhamos ninguém para conquistar nosso lugar no campo profissional.
Não existe nada que nos tire mais o sono do que as dívidas ou dificuldades financeiras. Elas não só tiram o sono, mas também nossa paz e atrapalham nossa saúde, gerando impaciência, depressão, gastrite e nervosismo, em alguns casos até suicídio. Muitos casais acabam se divorciando devido às consequências das dívidas ou dificuldades financeiras, pois com a estrutura familiar é abalada com as brigas e em muitos casos frequentes, acabam levando o casamento, sonhos e amor ao fim. Graças a Deus nós estamos tendo o apoio da família e nossa união com nossos conjugues tem se fortalecido com nossas dificuldades.
Mas os estragos psicológicos que não tem dinheiro no mundo que pague e sabe qual a preocupação da família JM?Nenhuma, pois somos vistos pelos colegas de trabalho de fortaleza como uns coitados do sertão, e somos identificados como são aqueles dos contratos que estão sem receber salários como se fossemos ninguém.
Queremos mostrar a esse povo como uma colega tão bem colocou em seu desabafo diante dessa realidade dura que dilacerou e dilacera a vida de homens e mulheres que deram créditos nas palavras de pessoas sem compromisso e sem qualquer tipo de sentimento humano para com seus semelhantes… Somos sobreviventes do descaso”.
Nós tentamos falar por telefone com a JM Engenheiros Consultores que fica em Fortaleza (CE), mas não obtemos uma resposta durante as ligações.
Os trabalhadores também aguardam um posicionamento da Codevasf (3ª Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba, em Petrolina) sobre o assunto.