Europa é atingida por calor histórico que causa incêndios em residências

Os termômetros em Coningsby, no leste da Inglaterra, marcaram 40,3 graus Celsius, às 16h de terça-feira, (meio-dia em Brasília). Nunca antes na história do Reino Unido uma temperatura tão extrema havia sido registrada. Três horas antes, Heathrow, 20km a oeste de Londres, tinha enfrentado 40,2 graus Celsius. Além do calor insuportável, focos de incêndio destruíram lavouras e casas em Wennington, na região leste de Londres, onde 100 bombeiros foram mobilizados; em Dartford, no condado de Kent; em South Yorkshire; e em Wembley.

O fogo consumiu a vegetação em outras regiões, como Upminster, a leste da capital; e em Chapel View e Shirley, no subúrbio de Croydon, no sul de Londres. Jonathan Smith, subcomissário da Brigada de Incêndios de Londres, disse à TV CNN que ontem “foi um dia sem precedentes na história da corporação”. “Fomos submetidos a extremos de calor e a temperaturas que causaram um número de incidentes relacionados ao clima”, admitiu.

De acordo com a emissora BBC, oito casas e uma igreja foram devastadas pelas chamas em Wennington. Um bombeiro que trabalhou no local descreveu o cenário como “o inferno em absoluto”. O recorde anterior, de 38,7 graus, registrado em Cambridge, em 25 de julho de 2019, foi quebrado por volta do meio-dia (hora local), em Heathrow. Temperaturas maiores que essa marca foram observadas em 34 cidades britânicas. A Escócia também enfrentou temperatura histórica de 34,8 graus Celsius.

Especialistas consultados pelo Correio afirmaram que os incêndios são ocorrências extremamente incomuns no Reino Unido e explicaram os motivos da onda de calor sem precedentes. “O fato de a temperatura ter quebrado o recorde anterior em mais de 1 grau Celsius é extremamente significativo. Isso está relacionado a dois fenômentos: o aquecimento global ao longo das últimas décadas fez com que as temperaturas de verão no Reino Unido aumentassem de forma constante. Nosso verões, no Reino Unido, têm sido mais quentes. O fato incomum, que levou a esse pico, é o sistema de alta pressão estacionado sobre a Europa central”, explicou Matthew Blackett, professor de geografia física e riscos naturais pela Universidade Coventry, na região central do Reino Unido.(Diário PE)

 

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