UPAE/IMIP de Petrolina alerta sobre a importância dos cuidados com a saúde mental do idoso

Neste Dia Nacional do Idoso (27), a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP) chama a atenção para um assunto pouco discutido: a saúde mental deste público. 
 
De acordo com dados repassados pelo Grupo Suicidologia no Vale (GSV), em recente palestra realizada no serviço, a taxa de suicídio entre idosos tem crescido bastante, principalmente acima dos 70 anos. Segundo o Ministério da Saúde, a média nacional de suicídios nessa faixa etária é de 5,5 por 100 mil.
 
Entre os principais fatores de risco estão: os transtornos mentais como depressão e esquizofrenia; alcoolismo; questões sociodemográficas, como isolamento social; perdas recentes; condições clínicas incapacitantes; problemas financeiros; dor crônica e neoplasias malignas.
 
“Isso não quer dizer que uma dor vá levar o indivíduo necessariamente à depressão, ou que transtorno mental seja gatilho para o suicídio. Quer dizer apenas que devemos estar alerta aos sinais”, esclarece a psicóloga da UPAE, Tatiany Torres. Tais aspectos não podem ser considerados de forma isolada e cada caso deve ser tratado no Sistema Único de Saúde de maneira individualizada.
 
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o envelhecimento da população brasileira é uma realidade e acelerou nos últimos anos. Segundo o órgão, entre 2012 e 2016, o grupo de idosos (pessoas com 60 anos ou mais) cresceu 16%, enquanto o de crianças (entre 0 a 13 anos) caiu 6,7%.
 
Por isso, a necessidade de se discutir a saúde mental do idoso fica mais evidente. “É preciso ter em mente que o processo de envelhecimento traz inúmeras mudanças na vida das pessoas e que os transtornos mentais correspondem a um dos quadros que podem ser agravados. O físico e a mente devem ser cuidados exatamente da mesma forma, principalmente na terceira idade”, ressalta Tatiany.
 
Cabem aos serviços de saúde, de assistência psicossocial, famílias, cuidadores e a sociedade atuarem na prevenção. “Todo mundo pode fazer a sua parte, basta desenvolver a empatia e o olhar mais humano sobre o outro”, pondera a coordenadora geral, Grazziela Franklin.
 
Além das consultas de rotina e do acompanhamento médico, para uma velhice saudável, os idosos devem ser estimulados a praticar exercícios físicos, manter uma boa alimentação e envolver-se socialmente, inclusive com a participação em projetos voluntários.
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