A ASSERPE (Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco) emitiu no domingo (21) uma nota oficial, que lamenta a proibição da FPF (Federação Pernambucana de Futebol) ao acesso de repórteres ao estádio para a cobertura de jogos de futebol. A entidade informou já estar em alerta junto à ABERT (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão) para tratar sobre o assunto. Outras entidades do setor se manifestaram sobre a situação.
A entidade representativa do setor da radiodifusão no estado de Pernambuco lamentou as declarações do presidente da FPF, Evandro Carvalho. Em artigo publicado pelo jornal O Poder, ele trata como “histórica” a decisão de vetar a atividade de repórteres das emissoras de rádio, do legítimo acesso ao estádio para transmissão de jogos de futebol.
Outras entidades, incluindo a ACDP (Associação dos Cronistas Desportivos de Pernambuco), AESP (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo) e a Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) apoiam a ASSERPE contra as proibições impostas pela FPF.
Confira abaixo na íntegra a nota oficial da ASSERPE:
“A ASSERPE, Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco, lamenta as declarações do presidente da Associação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, que em artigo ao “O Poder”, trata como “histórica” a decisão de vetar a atividade de repórteres das emissoras de rádio, do legítimo acesso ao estádio para transmissão de jogos de futebol.
A construção da história e tradição do futebol pernambucano deve muito ao papel das emissoras ao longo de mais de cem anos, levando à população em todas as regiões as informações desse esporte. É essa construção que, por exemplo, evita a inserção midiática e influência de outros centros, ajudando o torcedor a se identificar com suas camisas em solo pernambucano.
Além disso, busca dar voz à uma arbitrariedade, cuja decisão já foi derrubada no Paraná, de cobrar das emissoras de rádio pela transmissão de jogos. Cabe lembrar que a Lei Geral do Esporte fixou que apenas a difusão de imagens captadas em eventos esportivos é passível de exploração comercial pelos clubes, definindo os parâmetros desse trecho da Lei Pelé.
A fala assinada transparece na verdade uma dificuldade em lidar com questionamentos dos veículos à entidade, sempre com o amplo direito ao contraditório. É sabido que recentes decisões da FPF foram questionadas por profissionais de veículos, gerando a decisão de proibir repórteres. Prova disso é que a vedação pegou a todos de surpresa em meio à terceira rodada.
A ASSERPE informa já estar em alerta com a ABERT para combater juridicamente a ameaça explícita à atividade dos veículos, dando à entidade o status de primeira no país a tentar vedar a atividade das emissoras. Também conclama os clubes pernambucanos a não apoiarem qualquer arbitrariedade contra a presença das emissoras na cobertura da competição.
Essa posição também tem o apoio de entidades como a Associação dos Cronistas Desportivos do estado, a ACDP.
Ao contrário do que busca destacar o presidente, com sua decisão o futebol pernambucano não avança. Ao contrário, retrocede.”