A Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Especializada (UPAE) busca promover, neste 10 de novembro, uma conscientização a respeito do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. A data comemorativa foi instituída pela Portaria de Consolidação MS nº 1/2017, art. 527, como símbolo de luta cujo propósito principal é educar e prevenir a população brasileira para os problemas advindos da surdez, que afeta, em algum grau, aproximadamente 5,8 milhões de pessoas.
De acordo com dados de 2015 da OMS (Organização Mundial da Saúde), 10% da população mundial tem alguma perda auditiva, seja adquirida ou congênita. No Brasil são mais de 28 milhões de pessoas nessa situação. Surdez é o nome dado à impossibilidade ou à dificuldade de ouvir. Uma pessoa pode desenvolver uma deficiência auditiva de várias formas. “Quando é congênita, significa que a pessoa já nasceu com essa deficiência. A deficiência congênita pode ser detectada nos primeiros dias de vida e ser tratada com sucesso. Quando é adquirida, a pessoa passou por alguma situação durante sua vida que ocorreu um dano em seus sistemas auditivos”, esclarece o otorrinolaringologista da UPAE, Dr. Lucas Macedo.
Há alguns tratamentos que visam compensar a perda da audição, com o uso de próteses auditivas, que amplificam o som ou até o implante coclear, no qual um equipamento eletrônico implantado cirurgicamente transmite o sinal sonoro. Quando o médico opta por aparelho auditivo, o fonoaudiólogo entra em ação para verificar o tipo de aparelho auditivo mais indicado para cada paciente, acompanha o momento de adaptação, fazendo os ajustes necessários e orientando a melhor forma de cuidar do seu aparelho. Esse profissional também é o responsável por reabilitar a função auditiva, a fala ou a linguagem, por meio de treinamentos específicos para os casos que necessitarem. “É um trabalho multidisciplinar que visa o restabelecimento de funções e melhora na qualidade de vida”, reforça o médico.
A perda auditiva pode ser detectada num percentual de 80% a 90 % com um simples teste auditivo, que deve ser feito mesmo que seu filho tenha passado na triagem auditiva para recém-nascido. A perda auditiva genética ou progressiva pode manifestar-se quando seu filho é bebê ou quando está mais velho. É recomendado aos pais observarem, de um modo crítico, o dia a dia do desenvolvimento na criança, os quais funcionam como detectores de perda auditiva. “O sintoma mais importante que indica a possibilidade de perda auditiva é atraso de aquisição de fala e ausência de diálogo”, destaca.
A deficiência auditiva adquirida pode ser causada por variados motivos, entre eles acúmulo de cera de ouvido, infecções (otite), imobilização de um ou mais ossos do ouvido, viroses, meningites, uso de certos medicamentos ou drogas, propensão genética, exposição ao ruído de alta intensidade, presbiacusia, traumas na cabeça, defeitos congênitos, alergias, problemas metabólicos ou tumores. “Por isso o conhecimento é tão importante. É preciso prevenir e conscientizar”, finaliza Macedo.