Nutricionista explica relação entre alimentação e câncer

0
2

grade alimentar

Segundo a nutricionista Ariane Duarte do Centro de Oncologia/APAMI é necessário muito cuidado com a alimentação e em manter hábitos saudáveis como forma de buscar ao máximo uma vida sem doenças. Para ela, muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente câncer de mama, cólon (intestino grosso) reto, próstata, esôfago e estômago.

“Alguns tipos de alimentos se consumidos regularmente durante longos períodos, parecem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita para crescer, se multiplicar e disseminar. Esses alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação. É o caso de gorduras, tais como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, linguiças, mortadelas, dentre outros”, explica a nutricionista.

Ela reforça que existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos, como os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos. “O tipo de preparo do alimento também influencia no risco de câncer. O ideal é adicionar menos sal na hora de fazer a comida, aumentando o uso de temperos como azeite, alho, cebola e salsa”.

A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de até 5 gramas de sal ou 2 gramas de sódio por dia. Métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, grelhado, entre outros.

Além disso, estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras e níveis calóricos (hambúrguer, batata frita, bacon etc.), está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de cólon e de reto. Em relação a cânceres de mama e próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença.

Para uma vida mais saudável, a adoção de uma alimentação equilibrada contribui não só para a prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades crônicas como diabetes. “Inserir frutas, verduras, legumes e cereais integrais auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os carcinógenos”, concluiu.