A Delegacia de Garanhuns, no Agreste pernambucano, está, desde a última terça-feira (1º), com as suas portas fechadas. A partir de agora, as ocorrências que acontecerem durante o período de plantão (à noite, nos finais de semana e durante os feriados) ficará com a Delegacia de Caruaru. A principal justificativa dada pelos profissionais é a recusa em trabalhar no Programa da Jornada Extra de Segurança (Pjes), um mecanismo do Governo do Estado dentro do programa Pacto pela Vida.
Em casos de homicídio ou acidentes com vítimas fatais, a liberação do corpo será realizada pela Delegacia de Plantão de Caruaru, que já tem dificuldade em atender à demanda local. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, resumiu o que acontece em Garanhuns. “Os policiais não querem mais trabalhar nessas condições”, lamenta.
Enquanto isso, a Delegacia Regional de Garanhuns segue fechada e sem previsão de reabertura. Segue no mesmo ritmo, a delegacia de Petrolina que agora é responsável por atender praticamente todo sertão. Até agora o governo estadual não sinalizou uma solução para os problemas das delegacias de Pernambuco.