Os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) rejeitaram, por 272 votos contra e apenas 82 a favor, com 28 abstenções, a deflagração da greve na instituição de ensino. Caso fosse aprovada, a paralisação iniciaria na quinta-feira (28). A decisão foi anunciada sob aplausos dos professores. Em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (25), a Universidade Federal Rural de Pernambuco também rejeitou a paralisação.
A assembleia aconteceu na manhã desta segunda-feira (25) no auditório do Centro de Tecnologia e Geociência (CTG), no câmpus Recife da instituição de ensino, Zona Oeste da capital pernambucana. Ao todo, 382 docentes votaram na assembleia. O quórum mínimo para ser votada a deflagração era de 237 docentes.
Na semana passada, a Associação dos Docentes da UFPE fez mobilizações nos três câmpus da instituição de ensino no Estado – Recife, Caruaru e Vitória – para divulgar a pauta do sindicato.
Os professores pedem melhores condições de trabalho e reestruturação de carreira. A categoria também defende a defesa do caráter público da universidade, autonomia, valorização salarial de ativos e aposentados e retomada de negociações com o governo. Além disso, pede a reversão dos cortes no orçamento e ampliação de investimento nas instituições.
O corte do orçamento do Ministério da Educação, anunciado na última sexta-feira (22), foi de R$ 9,423 bilhões. Na ocasião, o Ministério do Planejamento informou que o orçamento continuará com valor acima do mínimo estabelecido pela Constituição, de R$ 15,1 bilhões.
A Universidade Federal Fluminense (UFF) e a federal do Pará (UFPA) aprovaram o início da greve na quinta.
RURAL – A Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe) vota a deflagração da greve às 14h30, no Espaço de Cultura e Lazer Arthur Lapa, em Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. Caso seja aprovada, a paralisação começa na próxima quinta-feira (28).
GREVE DE 2012 – Com duração de quatro meses, a última greve das Instituições Federais de Ensino pediam melhores condições de trabalho, incorporação de gratificações no vencimento básico, uma só carreira para os docentes das universidades e institutos federais e carreira com 13 níveis.
Os ganhos foram a incorporação da classe de titular à carreira, a retirada da proposta do governo da criação da classe sênior, incorporação de gratificações ao vencimento básico, criação de um plano de carreiras de magistério federal (abrigando magistério superior e EBTT), aceitação de 13 níveis remuneratórios e reajuste linear de no mínimo 15,8% para todos, além de correções e ajustes específicos para cada categoria.
Após o tempo sem aula, as universidades tentam ajustar o calendário letivo até hoje. (Foto Reprodução).