O Sport foi à Fonte Nova, neste domingo (12), sonhando em conquistar a vaga para a final da Copa do Nordeste. Era difícil, mas possível. O Leão havia empatado o primeiro jogo, na Ilha do Retiro, por 0 x 0. Bastava uma vitória ou empate com gols. Mas, em uma partida eletrizante, não conseguiu passar pelo Bahia. Foi derrotado por 3 x 2, viu um ex-alvirrubro (Souza) decidir a partida, Magrão virar vilão ao falhar em dois dos três gols e deu adeus ao desejo de conquistar o bi consecutivo e o tetra histórico do regional.
O Sport fez um primeiro tempo perfeito para a proposta que estabeleceu. Como não tinha necessidade de reverter vantagem adversária e jogo fora, o Leão entrou cauteloso. A entrada do volante Neto Moura no lugar do atacante Mike já indicava isso. Ronaldo e Rodrigo Mancha, substitutos dos suspensos Rithely e Wendel, também cumpriram seus papeis. Com isso, o Leão conseguiu controlar o jogo e evitar boas chegadas do Tricolor de Aço. Ao longo dos 45 minutos iniciais, Magrão foi quase espectador no confronto. Só precisou intervir nas inúmeras bolas alçadas na área do time. Nenhuma delas levou real perigo.
A estratégia foi ainda mais bem executada aos 22 minutos. Manda a cartilha de quem joga na casa do adversário que não se pode desperdiçar chances. E usar muito a bola parada. O Sport fez as duas coisas. Renê bateu falta venenosa na área, Diego Souza completou para o gol e saiu se auto-elogiando. No restante da primeira etapa, coube ao Sport manter o ferrolho. Não sofreu sustos. E ainda teve uma grande chance, aos 30 minutos. Elber, porém, desperdiçou uma oportunidade que faria muita falta mais tarde.
Na volta para o segundo tempo, Eduardo Baptista mudou. Sacou Neto Moura e colocou Danilo. A substituição não deu certo. O técnico errou na mexida. Mas o grande vilão não foi o atleta que entrou. Foi um ídolo rubro-negro, acostumado ao papel oposto – o de herói. Aos oito, o volante Souza limpou fácil o lance na precipitação de Ronaldo na marcação e arriscou de fora da área. A bola quicou, de verdade. Mas era totalmente defensável.
Aí o jogo virou uma maluquice. No minuto seguinte, o árbitro marcou pênalti discutível para o Bahia (Matheus Ferraz em cima de Kieza). Os rubro-negros contestaram tanto que a a cobrança só foi feita aos 11 minutos. Souza, de novo, cobrou com muita categoria e virou o jogo. Mas, junto com a partida, virou também a maré de sorte. Renê, aos 13, cobrou uma falta sem pretensão. Mas o goleiro baiano, Douglas Pires, retribuiu a falha de Magrão com um frango clássico. Dois a dois. Neste momento, a classificação era do Sport.
A alegria leonina, entretanto, durou pouco.Exatos cinco minutos. Em nova falha de Magrão, Souza marcou o seu terceiro na partida e colocou o Bahia na frente. Com cerca de 30 minutos pela frente, não havia mais como se segurar. Eduardo Baptista colocou Felipe Azevedo e Régis no campo. Mandou o time para cima. Aos 44, bom para o Sport. O lateral-esquerdo Bruno Paulista foi ríspido ao parar um contra-ataque do Leão e tomou o segundo amarelo. Expulso.
O Sport teve cinco minutos, os acréscimos, para empatar e se classificar. Lutou, correu, batalhou. Mas não conseguiu. (De primeira/foto Reprodução).