Volta às aulas: Especialista esclarece diferenças entre gripes e resfriados em crianças

A volta às aulas faz com que muitas crianças sejam acometidas por doenças respiratórias que as levam aos hospitais com os mesmos sintomas: corrimento nasal, febre, tosse e dores no corpo. É aí que surge a dúvida: é gripe ou só mais um resfriado? É preciso levar ao pronto socorro? Quais os cuidados para ajudar na recuperação?

O médico de Família e Comunidade, Wandson Padilha, que atua na Atenção Básica da Secretaria de Saúde de Petrolina, esclarece que há diferenças entre os dois.

“A gripe, em geral, corresponde a um quadro um pouco mais grave, onde a pessoa apresenta febre alta, dor importante no corpo, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse. Os sintomas costumam durar de 7 a 10 dias e a tosse costuma ser o último sintoma a desaparecer. Além disso, a criança pode ficar mais molinha e fraca”, explica.

O especialista informa ainda que o resfriado é outra doença respiratória que é, frequentemente, confundida com a gripe. “Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com os da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Inclui tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas. Além disso, as crianças costumam se manter ativas e brincando, mesmo durante o adoecimento”, esclarece.

As crianças apresentam em média 6 a 10 episódios de resfriado por ano, o que é normal. Isso leva muitos pais e mães a procurarem atendimento médico referindo que seu filho “vive doente”. Quanto a levar ao pronto-socorro ou unidade de saúde, o especialista esclarece que é necessário observar o estado da criança.

“Os principais cuidados durante o adoecimento são manter uma hidratação adequada, oferecendo bastante líquido à criança, além de repouso e uma boa alimentação. Evitar alimentos gelados ajuda a reduzir a dor de garganta, e é importante lavar bem as mãos a todo momento, para evitar o contágio e transmissão da doença. O velho e bom lambedor feito pelas nossas avós também contribui para hidratar a garganta e reduzir alguns dos sintomas, como a tosse, por exemplo. Entretanto, se a criança apresentar aumento da febre, recusa de alimentação, aparecimento de vômitos, cansaço para respirar ou diminuição da urina, associados com estado apático e mole, é importante levar a criança para uma avaliação médica,” esclareceu.

Confira algumas dicas para evitar gripes ou resfriados em crianças:

  1. Não levar os filhos com resfriado ou em estado gripal para a escola ou creche, pois além do repouso necessário para a recuperação, será evitado que a criança transmita o vírus aos seus amigos;
  2. Manter a casa e principalmente o quarto das crianças arejado e limpo. É importante não ter nada que possa acumular pó, pois os ácaros (grande causador de alergias respiratórias) costumam se fixar em objetos como bichinhos de pelúcia, tapetes, cortinas, protetor de berço, mosquiteiro, almofadas, caixas de brinquedos, entre outros;
  3. Não fumar e não permitir que fumem dentro da sua casa, em nenhum cômodo, pois a fumaça de cigarros irrita as vias respiratórias;
  4. Manter acompanhamento adequado com o(a) enfermeiro(a) e médico(a) da Unidade de Saúde do seu bairro e evitar ir ao Pronto Socorro com o seu filho sem necessidade, pois neste local ele poderá ficar ao lado de outras crianças que podem estar com doenças contagiosas graves;
  5. Nesta época de clima mais seco, deve-se umidificar os ambientes nos quais o seu filho passa maior tempo, para amenizar possíveis irritações de pele e mucosas.
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