Um dos três policiais internados após mal estar em exame da PM na BA recebe alta; outro segue internado

Um dos três policiais militares internados após passarem mal durante um Teste de Habilidade Específica (THE) para ingressarem no Curso de Operações de Choque da Polícia Militar da Bahia, recebeu alta na manhã desta terça-feira (22). O PM estava no Hospital do Aerorporto, na cidade de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, desde a segunda-feira (21), quando ocorreu a situação.

O outro policial militar internado no mesmo hospital continua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com o médico que cuida do PM, Sullivan Hubner, o estado de saúde dele é estável. “Neste momento ele está lúcido, orientado, está se alimentando. Conversamos com ele hoje pela manhã. Se tudo correr bem, até amanhã, no máximo, ele deve sair da UTI”, contou o médico. Conforme a PM, tanto ele quanto o policial que teve alta tiveram fadiga após correr na prova.

Um terceiro policial militar, identificado como Yuri Lindemberg de Souza Lima Bezerra, de 35 anos, que também passou mal durante o exame, morreu na madrugada desta terça-feira. Segundo a PM, ele sofreu uma parada cardíaca. O policial estava internado no Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas. O agente era natural do estado de Pernambuco e o corpo dele será enterrado lá. Um helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) irá fazer o transporte do corpo para a cidade de Petrolina.

Este é o terceiro caso de mortes em exames da PM registrado na Bahia em 4 anos. Em 2013, outros três policiais militares passaram mal e morreram durante um teste de aptidão física. Já em 2014, um candidato a uma vaga para policial militar morreu ao fazer um teste parecido. A PM apura a situação registrada na segunda-feira, mas ressalta que há todo um preparo antes e durante os testes.

“É bom deixar bem claro que, antes desses policiais serem submetidos a esses testes [na segunda-feira], eles passaram por uma bateria de exames e assinaram um termo de compromisso. Foram submetidos a um treinamento e, inclusive, nós os orientamos no dia. Antes da prova, os médicos perguntaram a eles o que eles estavam sentindo, como é que eles estavam prontos para a atividade. No local nós tínhamos ambulância, UTI, tínhamos dois médicos. Infelizmente, ele se sentiu mal. É uma tristeza para a gente”, afirmou o comandante geral Anselmo Brandão.

“Nós precisamos saber a causa. Nós precisamos saber se o policial ingeriu algum termogênico, que é uma coisa muito comum hoje em dia. As pessoas, para se submeter a esses exames, elas tomam essa medicação para aumentar sua resistência. Nós vamos apurar as causas da morte do policial, mas, em linhas gerais, dizemos que é um teste normal. É uma corrida. Não houve um teste de esforço onde ocorrece uma sobrecarga, onde o policial fosse subemetido a situações extremas. É uma prova normal”, completou o comandante da PM.

Teste

O teste ao qual os três policiais foram submetidos na segunda-feira, que consiste em uma corrida de 8 km em 50 minutos, estava sendo realizado por 65 policiais militares de diversas unidades da corporação, no Batalhão de Choque de Lauro de Freitas. A PM informou que todos os militares estavam devidamente hidratados e já haviam passado por palestras, avaliação médica e física anteriormente.

Após passarem mal, os militares foram atendidos por uma equipe médica do Departamento de Saúde da PM, que estava acompanhando o teste em uma ambulância UTI móvel, antes de serem encaminhados aos hospitais.

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