Prédio é evacuado em Petrolina e moradores responsabilizam construtores por deixarem proprietários desamparados

Moradores do Edifício Morada Nobre, localizado, na Rua Tivinha Ramos Brandão, 580, bairro São José, em Petrolina, estão há meses procurando uma solução para um problema considerado grave.

No mês de maio, o prédio foi evacuado, pois segundo os moradores, o mesmo corria o risco de desabar e apresentava várias rachaduras.

Revoltado, o empresário Joselito Brandão, um dos prejudicados, apontou em contato com o Blog, os responsáveis pela obra, que são os construtores: WALTAIR DIAS (TATA); PAULO JOSMAR (ENGENHEIRO DA OBRA); SR. ISNARD CAVALCANTI, ALEXANDRE MENDES e RANIERE CAVALCANTI.

Brandão afirma que os citados garantiram assumir despesas de aluguéis, em apartamentos, aos prejudicados, até resolver a situação, mas os próprios engenheiros, segundo ele, pagaram apenas o primeiro mês de aluguel de oito moradores.  Acompanhe o relato:

“No ano de 2010, eles venderam oito apartamentos do Condomínio Morada Nobre, a empresários, profissionais liberais e servidores públicos, e poucos anos depois de estarem alojados, começaram a aparecer “problemas na estrutura do prédio”.

No mês de janeiro desse ano, houve uma reunião com os proprietários dos apartamentos e os construtores/vendedores, e os advogados das duas partes.  Os construtores assumiram o compromisso de pagarem aluguéis de imóveis, como também despesas de mudanças e instalações para outros locais. Resultado, eles pagaram apenas o primeiro mês dos aluguéis, não pagaram as despesas, e mandaram que procurássemos entrar na justiça, que não iriam mais assumir nada.”, relatou Joselito Brandão.

Os moradores afirmam ainda que encaminharam comunicação ao Ministério Público, ao CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) de Pernambuco e aos Bancos que operam crédito para os construtores responsáveis, sem ter recebido qualquer posição desses órgãos, esperando que medidas sejam adotadas para assegurar a reparação aos moradores, bem como o impedimento de novas construções que coloquem pessoas em risco.

O Blog entrou em contato com o advogado dos construtores, Leonardo Santos Aragão, que garantiu enviar uma nota esclarecedora, enviando provas sobre o assunto e afirma que as informações encaminhadas pelo morador do condomínio estão equivocadas.

Em breve outras informações do caso.

 

 

6 Comentários

  1. Hugo

    13 de setembro de 2017 em 22:08

    Ao ler essa nota não imaginava o tamanho do descaso que essa empresa junto com seus representantes que não representam coisa alguma estão fazendo com esses pais de família.
    país de famílias, esses que acreditaram no empreendimento e depositaram suas finanças nesse prédio que dizia ter um grande status em Petrolina .
    porém esse sonho se tornou pesadelo, quando o sonho desses pais e mães de família veio a baixo. Vendo aquele imóvel que era o sonho da casa própria ser condenado devido a irresponsabilidade de engenheiros desqualificados e uma empresa que se dizia ser confiável, mas na verdade eh uma piada.
    vejo que tem moradores que estão morando de favor em outras casa, outros pagando aluguel E AO MESMO TEMPO PAGANDO ESSE COLISEU EM RUINAS. Descaso total, falta de respeito. Vocês venderam não deram de presente não.
    E agora como ficam essas famílias. Pessoas que tem filho (s) que precisam de segurança e abrigo.
    só lamento uma coisa. ” lamento pelas pessoas que acreditaram nessa fraude e nessa piada de sonho perdido”
    Paguem o q eh de direito se tiverem vergonha na cara. Pois essas pessoas não merecem isso.
    vejo que já se passaram vários dias e nada.

    • ELISANGELA

      14 de setembro de 2017 em 10:17

      Sou proprietária de um dos 8 apartamentos deste condomínio comprei diretamente com o engenheiro, eu pensava que estava realizando o sonho de minha vida comprando meu lar, mas agora estou vivendo um pesadelo.
      Quero esclarecer que a saída do prédio ocorreu depois do laudo da defesa civil, de um outro laudo do engenheiro da CEF que negou a cobertura do seguro por vício de construção e de um laudo de um engenheiro civil particular que o condomínio contratou para analisar a situação em que ficou constatado que o prédio foi construído com tijolos inadequados e fora das normas de engenharia onde foi comprovado riscos e a necessidade de evacuação de todos os apartamentos. Hoje a sensação de frustração é tamanha, pois, são 9 anos de serviço público investido, meus móveis todos projetados pela italinea ainda encontram-se no AP, pois como estou morando em uma casa alugada mesmo ainda pagando o financiamento do imóvel supra citado não tive como tirar a cozinha e o quarto, uma vez que foram projetados para aquele local e sem falar que em janeiro de 2015 fiz umas melhorias coloquei espelhos que também não tenho como retirar dentre outros itens. Deixo claro que todos os apartamentos conservam as suas estruturas iguais não foi feita nenhuma modificação por nenhum proprietário.
      Eu e mais 7 famílias estamos tentando digerir esse fato tão sério e tão triste que nos aconteceu e de certa forma agradecendo a Deus por não ter sido pior, estamos vivos e lutando apenas pelos nossos direitos de poder sair do trabalho e descansar tranquilos no conforto dos nossos lares… O que estou passando junto com os outros proprietários não desejo a ninguém.

  2. Guilherme Lopez

    13 de setembro de 2017 em 23:30

    Edenevaldo,

    É importante deixar claro que não foram os moradores que decidiram sair do edifício. Após vistoria técnica da Defesa Civil de Petrolina a pedido do síndico e subsíndico, foi constatado vícios redibitórios resultando no laudo técnico de nº 05/2017, no qual determina interdição total do edifício por RISCO DE DESABAMENTO.
    A vistoria foi realizada no dia 09/03/2017 e o laudo é datado do dia 20/03/2017.
    O maior problema está na estrutura do edifício. A princípio idealizada como alvenaria estrutural, onde as paredes fazem parte da estrutura. As mesmas foram executadas com blocos cerâmicos de vedação não obedecendo as fundamentações das normas técnicas brasileiras.
    Foram constatadas em vistoria fissuras e trintas oriundas de sobrecarga na estrutura.

  3. Julio souza

    14 de setembro de 2017 em 08:18

    Estamos sedentos em ouvi-lo Dr. Leonardo Aragão.
    Conheço um dos proprietários, cobheço o carater e não estão falando mentiras. Já os construtotes seus clientes…

  4. Elisangela

    14 de setembro de 2017 em 08:35

    Sou proprietária de um dos 8 apartamentos deste condomínio comprei diretamente com o engenheiro, eu pensava que estava realizando o sonho de minha vida comprando meu lar, mas agora estou vivendo um pesadelo.
    Quero esclarecer que a saída do prédio ocorreu depois do laudo da defesa civil, de um outro laudo engenheiro da CEF que negou a cobertura do seguro por vício de construção e de um laudo de um engenheiro civil particular que o condomínio contratou para analisar a situação onde foi constatado que o prédio foi construído com tijolos inadequados e fora das normas de engenharia onde foi demostrado riscos e a necessidade de evacuação de todos os apartamentos. Hoje a sensação de frustação é tamanha,pois são 9 anos de serviço público investido, meus móveis todos projetados pela italinea ainda encontram-se no AP, pois como estou morando em uma casa alugada mesmo ainda pagando o financiamento do imóvel supra citado não tive como tirar a cozinha e o quarto, uma vez que foram projetados para aquele local e sem falar que em janeiro de 2015 fiz umas melhorias coloquei espelhos que também não tenho como retirar dentre outros itens. Deixo claro que todos os apartamentos conservam as suas estruturas iguais não foi feita nenhuma modificação por nenhum proprietário.
    Eu e mais 7 famílias estamos tentando digerir esse fato tão sério e tão triste que nos aconteceu e de certa forma agradecendo a Deus por não ter sido pior, estamos vivos e lutando apenas pelos nossos direitos de poder sair do trabalho e descansar tranquilos no conforto dos nossos lares… O que estou passando junto com os outros proprietários não desejo a ninguém.

  5. Revoltado

    15 de setembro de 2017 em 06:31

    Esse é o mal de Petrolina, “Construtoras” onde o engenheiro é contratado apenas para assinar a obra e deixar a execução para pedreiros. Obras com fundações superficiais com B30, aterros com entulho, prédios de alvenaria estrutural sem projeto, baseado apenas na experiência do pedreiro. Os donos dessas empresas são médicos e empresários capitalizados que não querem ter custos com projetos ou com engenheiro residente. Quem paga o pato são os compradores que se iludem com o imóvel novinho, pintadinho… Mas que estruturalmente está à beira de um colapso. O CREA é apático, órgão arrecadador, e enquanto isso o sonho das pessoas está se transformando em lixo de construção, que será levado numa caçamba e enterrado no lixão mais próximo.

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