Paulo Câmara diz que oposição não pode jogar contra o Brasil

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Mesmo fazendo oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o governador Paulo Câmara (PSB) vai se articular junto aos 25 deputados federais e três senadores pernambucanos para tentar desarmar as pautas-bombas que estão em tramitação e prometem causar não só dor de cabeça ao governo federal, na volta das atividades legislativas, como ter reflexo na saúde financeira do estado. Em entrevista após a reunião com a presidente e outros 26 governadores, o socialista afirmou que vai mostrar aos parlamentares pernambucanos que “quem for oposição ao governo federal não pode ser contra o Brasil”.

“Temos uma série de pautas que estão tramitando e que afetam os estados e os municípios, não apenas a União. São questões que precisam ser olhadas. Nós, como gestores, também teremos essa responsabilidade de conversar com a bancada”, afirmou Paulo Câmara. O gesto do socialista atende ao pedido feito pela presidente Dilma durante a reunião de ontem, que teve, entre outros objetivos, a finalidade de garantir a governabilidade em meio a uma das maiores crises políticas e econômicas pela qual o PT passa desde que o ex-presidente Lula assumiu o primeiro mandato, em 2003.

Segundo Paulo Câmara, projetos, como o que modifica o fator previdenciário, além do reajuste para servidores do Judiciário (vetado por Dilma na última semana) foram alguns dos listados pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, e que fazem parte da pauta-bomba. “Há, ainda, uma série de reajuste de categorias que também estão em tramitação”, frisou, acrescentando que os governadores devem receber um documento completo com todos os projetos que o governo quer “desarmar” neste segundo semestre.

Cooperação

O governador cobrou, ainda, que a presidente mantenha o compromisso assumido de que ouvirá mais os gestores. “Os governadores estão solidários. Agora, temos que ser ouvidos, como fomos ouvidos hoje. A presidente se comprometeu a isso ser uma sistemática”, disse, para acrescentar. “A gente espera que, daqui para frente, a cooperação mútua exista cada vez mais. Tanto a União, ouvindo os governadores, como nós tendo a sensibilidade de ajudar o governo no momento em que todo o país está passando por uma grave crise fiscal que também envolve uma crise política”, afirmou o socialista.

Ainda segundo Câmara, a reunião de ontem foi um primeiro passo para se produzir resultados mais concretos. “Foi um início de conversa, de uma relação mais próxima. Todos nós saímos com o compromisso de contribuir com o debate”, explicou, acrescentando que temas como saúde, segurança e emprego também foram discutidos pelo governo. “Saímos com a clara atribuição de designarmos pessoas para, junto com o governo federal, discutir saídas para esses graves problemas”.

Além do gesto de apoio à governabilidade da presidente, durante a reunião o gestor pernambucano também reforçou algumas pautas junto à petista, a exemplo da liberação das operações de crédito (empréstimos) para os estados. “Ela vai buscar atender aos nossos pleitos dentro de uma visão federativa”, disse.

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