Moradores da Zona Oeste de Petrolina não têm escritura de imóveis e cobram explicações do executivo

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Ministério Público de Pernambuco e representantes da prefeitura municipal, não compareceram na sessão ordinária dessa quinta-feira (11) na casa Plínio Amorim para a audiência pública que discutiu sobre escritura de imóveis em bairros da Zona Oeste de Petrolina.

Cosme e Damião, João de Deus, São Gonçalo, Pedro Raimundo e Alto do Cocar, são comunidades que há 30 anos receberam doação da prefeitura sendo a gestão responsável pelos imóveis. Agora, os moradores que habitam  nos espaços querem receber escritura própria, afim de serem desmembrados da prefeitura e terem o direito dos imóveis no próprio nome para evitar que outras pessoas assumam que são donas do lugar, sem documento que comprove.

Representando o bairro João de Deus, Tomé da Silva Carvalho revelou ao blog que, a prefeitura não estaria autorizando a liberação de escrituras para regularizar a situação e não explicam o motivo. Com o impasse, o morador conta que uma pessoa compareceu na sua residência alegando ser o proprietário do imóvel.

“A prefeitura diz que não está apta é conceder escritura. Eu estava na minha casa e chegou outra pessoa dizendo que era dona da casa e chamou até a polícia que revelou que só iria proteger a minha família, se eu tivesse escritura. Até a conta de água vem em nome de outra pessoa”, disse.

O presidente da associação de moradores do bairro Cosme e Damião, José Marques de Amorim, conta que o direito dos moradores terem a escritura foi até 2009, de lá para cá, a secretária de habitação suspendeu o direito à escritura.

“O bairro está sem valor e nunca mais conseguimos registrar nada em cartório ou alugar a casa, ou fazer transferência de imóvel. É falta de interesse do poder público municipal e precisamos entender a alegação do executivo”, comentou.

O proponente do pretejo considerou o resultado da discussão positivo, apesar de criticar a postura de alguns vereadores, “já que muitos residem em algum desses bairros e não conhecem a regularização fundiária dessas áreas”.

“O que o município está esperando para conceder escritura a esse povo? O gesto do executivo tem que existir. Cada morador precisa de sua escritura”, frisou.

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