Leitor Repórter: “Descaso com a população de baixa renda”, diz leitora sobre a Casa Bolsa de Petrolina

Revoltada com o atendimento da Casa Bolsa, em Petrolina, leitora cobra ação da Prefeitura e desabafa:

“Venho, através desta, manifestar minha indignação com a falta de respeito para com a população de baixa renda, a qual depende dos serviços da CASA BOLSA. Hoje, às 6h30, dirigi-me a casa bolsa para solicitar o CADÚNICO de minha irmã, que é deficiente e está precisando desse documento para concorrer a uma bolsa de estudo para seu filho. Ao chegar ao local, encontrei um quadro deplorável de humilhação e descaso, que se deu pelo fato de só haver sido distribuídas 33 fichas preferenciais, 50 para as pessoas do interior e mais 50 para os demais. Lembrando que, para conseguir obter a ficha, muitos precisaram pernoitar no local, iniciando esse pernoite ontem, por volta das 19h. Vale ressaltar que, na fila preferencial, havia mães com crianças de colo, deficientes, idosos, dentre outras situações.
Inclusive, ouvi depoimentos de pessoas que estavam lá pela 4ª, 5ª, outros mais de seis vezes, e, mesmo assim, não conseguiram atendimento. 

No local, havia mais de 300 pessoas, contudo, somente 130 receberam as fichas. Frente a essa realidade, questiona-se: qual será o procedimento a ser adotado para que os demais que dependem desse atendimento sejam atendidos? Isto porque há pessoas com data específica para atualizar o cadastro da bolsa família. É bom lembrar que caso a atualização não ocorra na data marcada, a consequência é a perca do benefício, o que é preocupante. Seria essa, uma estratégia para fazer as pessoas perderem o benefício? Como se consegui, efetivamente, esse atendimento? Dormindo fora de casa? Correndo risco de vida, ao sair de casa durante a madrugada? Perdendo 5, 6, ou mais dias no trabalho para conseguir (um cadastro, atualização de dados)? O que impede que se otimize esse serviço via internet? Porque predomina somente essa forma de atendimento mediante a aquisição presencial do número de fichas?
Por que não fazer um atendimento com hora marcada ou agendada pela internet, como já acontece no Detran? Assim, todos já iriam certos de serem atendidos na data e hora marcada.

Em outra ocasião, estive lá para obter informações, sendo isto cerca de 13h e, deparei-me com a ociosidade dos funcionários, ou seja, não havia mais ninguém para ser atendido, estando a distribuição de senhas já cessada. Não poderia o atendimento ocorrer num período de 8 horas diárias? Em que condições esse país tem sido conduzido? Que medidas têm sido tomadas pelos governantes para tornar o serviço mais eficiente e célere?
Para onde os impostos estão sendo direcionados que não dão conta de remunerar os profissionais ou mesmo ampliar o quadro de funcionários?
Diante exposto, solicitamos uma explicação coerente por parte dos responsáveis pelo setor em questão.”

Com a palavra a Prefeitura de petrolina. 

Estamos de olho!

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