Exclusivo! Denúncia: Recém-nascido morre no Hospital Dom Malam/IMIP por negligência médica

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Na manhã desta quarta-feira (29),  a adolescente de 16 anos  da cidade de Sobradinho-Ba compareceu à delegacia de Polícia Civil, onde afirmou em depoimento (foto acima) que foi vítima de negligência médica por parte de médicos do Hospital Dom Malam/ IMIP que acabou resultando na morte do seu filho recém-nascido.

folha1De acordo com o depoimento da vítima (foto à esquerda)) que estava com 41 semanas de gravidez, um médico da cidade de Sobradinho realizou um diagnóstico no dia 13 de Abril, em que afirmava que o seu bebê provavelmente nasceria de parto normal.

Na mesma data, a menor começou sentir fortes dores e outro médico da mesma cidade informou que a paciente estava com início de pré-eclâmpsia e que deveria ser encaminhada imediatamente por uma equipe do SAMU até o Hospital Dom Malam (IMIP) de Petrolina-PE.

A sogra da paciente Ana Lúcia da Silva França Feitosa acompanhou e participou de um verdadeiro martírio e em entrevista ao blog, explicou que mostrou o laudo encaminhado de Sobradinho ao médico Dr. Heron Sobrinho Silveira, que ignorou o diagnóstico alegando que os médicos de Sobradinho faziam isso para que pacientes adquiram vagas no IMIP.

Depois de 20 horas, quando surgiu uma vaga no leito do hospital a adolescente só conseguiu ser examinada no dia seguinte, na tentativa de induzir o parto normal. A médica responsável, Aline Ethel Girão de Souza de Macedo e mais uma enfermeira induziram o parto com um aparelho que ocasionou o estouro da bolsa. Com isso, segundo o depoimento da sogra da vítima, a médica mandou a adolescente ficar agachada por diversas vezes para expulsar a criança que acabou ficando presa na vagina da mãe na tentativa de um parto normal.

“Eu pedi para a médica fazer o parto Cesário como pediu o médico de Sobradinho e ela me ignorou dizendo que fazia o que ela queria e elas forçaram tanto que amassaram a cabeça do meu neto que ficou deformada”, afirmou a sogra.

Depois de oito horas de sofrimento a mãe foi para a sala de parto com a criança que estava com a cabeça exposta pelos corredores do hospital. As médicas Aline, Yalli e outro médico que a sogra não soube informar o nome começaram a cortar a vagina da adolescente e mesmo assim , não conseguiram tirar a criança. Depois, a paciente foi anestesiada e quando acordou, o recém nascido já estava sendo massageado pelos médicos, que informaram que o mesmo teria sofrido convulsões.

sogra“Eles amassaram a cabeça da criança e por isso ela estava sem oxigênio, eu fiquei desesperada em ver meu neto assim. Ele estava todo machucado, ingeriu fezes e estava com a boca cheia de água engasgada pelo resto do parto, um liquido verde que foi direto para o pulmão e essa tal de Aline ainda esqueceu de costurar a vagina da minha nora. Que espécie de médica é essa?”, afirmou.

Depois de três dias, 16 de Abril, a criança morreu e os médicos do IMIP disseram que a causa da morte foi uma deformidade na cabeça.

O hospital entregou o corpo do bebê à família sem encaminhar ao IML. O que é considerado ilegal. Ana Lúcia, afirmou ainda que no mesmo dia, seis crianças tinham falecido naquela unidade e duas mulheres morreram em processo de parto.

Caso de Polícia

delegadaA delegada, Polyana Nery, responsável pelo caso disse que existem várias denuncias de mães que comparecem à delegacia e falam sobre negligencia de médicos do hospital e está preparando um inquérito ao Ministério Público, que já foi acionado para este caso, e afirma ainda que existem vários inquéritos contra médicos do IMIP por homicídio culposo.

“Houve sim demora no atendimento médico, isso é negligência e eles serão punidos e eu vou intimar todos os médicos, isso é crime”, afirmou.

A delegada pede que as mães que se sentem lesadas por esse tipo de crime, que denunciem e não tenham medo. “não vamos deixar esses médicos fazerem o que quer, achando no direito de tirar a vida de crianças”.

A delegada reforça que já chamou a atenção da direção do hospital e deverá intimar os médicos que serão ouvidos e indiciados no processo como forma de investigar o comportamento desses profissionais que já tiraram a vida de muitos pacientes.

3 Comentários

  1. Yone Lopes Da Silva

    30 de abril de 2015 em 08:45

    Bom Dia Edenevaldo Alves,sou ouvinte do seu programa de todos dias.E acompanho todas essas reportagens suas e lhe dou os parabéns por você ser essa pessoa abençoada e iluminada. Bom esse depoimento dessa sogra relata a pura verdade que está acontecendo no hospital IMIPI aqui em petrolina,vergonhoso assombroso e violento.Eu tenho três meses que ganhei bebe e sinceramente Deus me ajudou muito.Pois eles não dão a miníma quanto estamos lá dentro parece um matadouro com tanta mulher gritando sofrendo e eles ficam rindo soltando piada fala que é assim mesma,tem deles quer é tão irônico que fala quem mandou arrumar filho agora aguente.Foi mas ou menos assim que aconteceu comigo eu gritei ameacei falei que ia denunciar e eles falaram pra mim deixar de gritar e ameaçar.A minha sorte foi que tinha um enfermeiro amigo do meu esposo e ele me ajudou lá,graças a deus pra mim deu tudo certo na hora do parto mas saindo de lá tanto eu com meu filho saímos com uma pequena alergia tossindo eles falaram que era normal.Quinze dias depois meu filho teve uma crise pois de tosse aguda.Quase morre em casa ficou todo roxinho quase não retornava o folêgo.voltei pra lá onde um medico deixou meu filho em observação com suspeita de coqueluche logo seguida com troca de medico chegou outra medica falando que não era só uma alergia e assim ficaram cada um dava um depoimento diferente e só furando o meu bebe tirando sangue e nada de concluírem o que meu filho tinha.resultado fiquei lá quatro dias e só vc vendo parecia está lidando com pequenos aprendiz,cada um dizia uma coisa.Resultado me deram alta vim pra casa e meu filho nada de melhorar se quis ter a saúde de meu filho tive que procurar uma pediatra particular Dra Etelvina e ela ficou perplexa quando viu o estado do meu filho que não tinha nem trinta dias de nascido.Hoje graças a deus meu filho está bem.Mas lá está um verdadeiro absurdo que bom que as pessoas estão tendo coragem pra denunciar.

  2. cacia

    30 de abril de 2015 em 20:06

    Boa noite Edenevaldo Alves, também sou ouvinte do seu programa todos os dias. Triste essa noticia, certa vez visitando uma pessoa que teve bebê no imip, vi o tratamento aos pacientes por parte de certos profissionais da saúde, jogam piadas para as mulheres que estão gemendo de dor, um descaso triste.

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