“Esquema de propinas foi organizado fora da Petrobrás”, afirma executivo da setal por Edenevaldo Alves Postado em 26 de abril de 2015 “Todo esse processo de seleção das empresas que prestariam serviço para a Petrobras acontecia fora da Petrobras. As empresas é que discutiam e se organizavam entre si. Não existia uma liderança. Todas as discussões e acordos eram feitos entre todos os participantes e havia casos em que não se chegava a um acordo e havia concorrência de fato”. A afirmação é de Augusto Mendonça Neto, executivo da Setal Óleo e Gás, empresa investigada pela Operação Lava Jato. Na última quinta-feira, ele foi interrogado na CPI da Petrobras em uma sessão que durou cerca de sete horas e foi presidida pelo deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT-BA). Augusto Neto defendeu os procedimentos internos adotados pela estatal para contratação das empresas terceirizadas com dispensa de licitação, mas admitiu que o consórcio de empresas do qual fez parte pagou algo entre R$ 100 milhões e R$ 110 milhões em propinas aos ex-diretores da petrolífera Renato Duque e Paulo Roberto Costa. Antes de concluir a sessão, Félix Júnior convidou o executivo da Setal para participar da Comissão Especial que analisa mudanças na Lei de Licitações (Lei 8.666 /93). Na próxima semana, a CPI deverá se deslocar para Curitiba, onde ouvirá acusados de participação no esquema de corrupção na Petrobras de maneira articulada com o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato. (Ascom Dep. Félix Mendonça Junior).