Desemprego: Pernambuco sofre com demissões nas obras

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A desaceleração dos principais indicadores econômicos marcou o primeiro trimestre da economia pernambucana. Além dos efeitos gerais da crise, o Estado vem sentindo os reflexos das desmobilizações de grandes obras, o que afetou os empregos do setor de construção civil. De acordo com o estudo realizado pela Consultoria Ceplan, divulgado ontem, a renda também caiu. A diminuição no rendimento médio dos trabalhadores pernambucanos chegou a 7,6%.

Esse resultado foi o maior entre todos os Estados do Nordeste no comparativo entre o primeiro trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2014. Enquanto isso, a Paraíba e Alagoas registraram um crescimento de 3,9% e 2,2%, respectivamente e a Região Nordeste, um declínio de 2%. Quanto ao emprego formal, a retração registrada em Pernambuco, em abril de 2015 no comparativo com o mesmo período do ano anterior foi a maior entre os todos os Estados nordestinos, ficando bem abaixo do resultado positivo verificado no Ceará e em Alagoas. Enquanto em Pernambuco a queda registrada foi de 2,8%, Ceará e Alagoas tiveram um aumento do trabalho com índices de 1,8% e 1,5%.

Segundo os economistas responsáveis pela análise, a queda de 26,2% nos empregos da construção civil afetaram negativamente o desempenho pernambucano. “O fato de a Petrobras ter sido o epicentro dos escândalos de corrupção afetou as empresas pernambucanas. O Estado vem sentindo os efeitos das desmobilizações de grandes obras, com reflexo na construção civil”, afirmou o economista Jorge Jatobá.

No Brasil, o ano de 2015 será de sobrevivência para a economia. Não o pior da história, mas de certo, um ano difícil.

“Déficits interno e externo, inflação elevada, baixo crescimento com perda de dinamismo interno e descompasso entre investimento e poupança doméstica resumem o atual quadro da nossa economia”, afirma Jatobá.

De acordo com a pesquisa da Ceplan, a inflação alta, o PIB em queda e uma manobra arrojada por parte do governo federal com o intuito de reequilibrar as contas públicas e combater a alta dos preços farão com que este ano, repleto de heranças de um 2014 marcado pela inflação alta e renitente, será de dificuldades na conjuntura econômica nacional. “Quanto ao crescimento do País neste ano, nem o mais otimista dos especialistas possui boas expectativas”, disse a economista Tânia Bacelar.

Apesar desse quadro, o Brasil continua atraindo capital externo. O Investimento Estrangeiro Direto (IED) de janeiro e fevereiro deste ano chegou a US$ 6,7 bilhões, valor capaz de fazer com o que o Banco Central projetasse uma entrada de US$ 65 bilhões na economia este ano. (JC Online).

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