Custo e digitalização levam bancos a reduzir caixas eletrônicos

O aumento do uso de plataformas digitais para transações bancárias e a popularização dos terminais compartilhados, além do custo de manutenção e questões de segurança, estão levando ao encolhimento daquele que já era um dos principais canais de operações até pouco tempo: os caixas eletrônicos dos bancos (ou ATM, sigla de “Automatic Teller Machine”).

No primeiro semestre de 2017, o número de caixas eletrônicos próprios dos bancos Itaú, Banco do Brasil e Santander registrou queda em relação ao mesmo período do ano passado. O Itaú tirou 814 máquinas de circulação; no Banco do Brasil, 4.539 equipamentos deixaram de ser usados; e, no Santander, a redução foi de 517 caixas.

Dentre os cinco maiores bancos do país, o único que registrou aumento nos primeiros seis meses de 2017 foi o Bradesco, mas, segundo o banco, isso ocorreu por conta da incorporação dos caixas do HSBC e da instalação de novos equipamentos em agências em que o banco identificou uma demanda maior por operações nesse canal. Na Caixa Econômica Federal, que ainda não divulgou o balanço do segundo trimestre, o número de terminais vem caindo desde 2015 – em linha com o mercado.

Segundo dados do Banco Central, os últimos disponíveis, 2016 acabou com 6.431 terminais a menos, para 175.947 postos. O movimento de redução começou em 2015, com 2.068 ATMs saindo de circulação, totalizando no fim daquele ano 182.378 máquinas, no que foi a primeira baixa desde 2008, início do levantamento do BC.

Por outro lado, os caixas eletrônicos do Banco24Horas, que executam transações de várias instituições em um mesmo equipamento, tiveram um crescimento de 10% no primeiro semestre do ano, com aumento de 1.874 pontos. Operadas pela empresa TecBan, essas máquinas – que permitem ao correntista fazer transações básicas, como saques e transferências – têm substituído equipamentos dos bancos principalmente em locais públicos.

Com a digitalização cada vez maior dos serviços bancários, que passaram a ser realizados via celular e internet banking, os caixas eletrônicos vão perdendo apelo. A principal função, segundo especialistas, acaba sendo o saque. Mesmo assim, dados do BC mostram que a retirada de dinheiro nesses terminais caiu 5% no último ano, primeira queda desde 2008.

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