Caso Denirson: Jussara e Danilo passam por audiência de instrução

Aconteceu na manhã desta sexta-feira (7) o primeiro dia da audiência de instrução e julgamento do engenheiro Danilo Paes, de 23 anos, e da farmacêutica Jussara Rodrigues, 54 anos, acusados de terem matado, esquartejado e ocultado os restos mortais do médico cardiologista Denirson Paes, 54, no dia 31 de maio. A pedido da família, pai, irmã, assim como o filho mais novo da vítima, não vão ficar no mesmo ambiente que os réus.

“Eles pediram para que não tivessem contato com Jussara e Danilo. Então testemunhas e família vão falar com a juíza sem a presença dos dois”, explica o advogado e assistente de acusação Carlos André Dantas. Francisco Ferreira, pai de Denirson, veio da Bahia, onde mora com a esposa, para participar da sessão, que será presidida pela juíza Marília Falcone Gomes Locio, na 1° Vara Criminal de Camaragibe. O promotor é Petrônio Barata.

“Eles querem apresentar uma justificativa que não se sustenta. Os laudos mostraram asfixia por esganadura, um afundamento no crânio, ele foi esquartejado, jogado em um poço, com entulhos, cimento. Não tem como isso caracterizar legítima defesa”, continua Carlos André Dantas.

“E Danilo terá que explicar sobre o sangue encontrado no quarto dele, os acessos que ele fez ao WhatsApp e que mostram que ele não dormiu durante a noite e madrugada do crime. Hoje é dia de ouvir todas essas pessoas”, afirma.

Professoras de Danilo foram chamadas pela defesa para falar sobre o comportamento dele. “Elas vão falar sobre a pessoa que ele era. Também vão ser ouvidos amigos da família, que vão poder falar sobre a relação que Danilo tinha com o pai. Daniel vai ser ouvido tanto como testemunha de acusação, como de defesa, assim como a empregada da casa, Josefa, entre outras pessoas”, explica Rafael Nunes, advogado de Jussara e Danilo.

“Queremos mostrar que Danilo não teve participação no crime e que Jussara reagiu a uma vida de humilhação. Quando Danilo tinha cinco anos, Jussara chegou a tentar fugir de Denirson com os dois filhos. Em 2015, procurou a polícia. Ela reagiu a isso e aconteceu esse fato trágico, mas a lei garante que a pessoa pode matar para se defender. Ela errou ao ocultar. Podia ter agido de outra forma, mas no momento de desespero foi assim que escolheu fazer.”

O filho mais novo do médico, Daniel Paes, de 21 anos, e a irmã da vítima, Cleonice Paes da Silva, de 55 anos, estão vestidos com uma camisa que pede justiça para Denirson. Com uma foto do médico, frases falam sobre a lembrança que ele deixou. A família também trouxe uma faixa. (Folha PE).

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