Após surto, palestra alerta sobre prevenção da caxumba em Petrolina

Depois de um surto de caxumba que acometeu alunos do campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco, a Prefeitura de Petrolina promoveu, na noite desta terça-feira (7), uma palestra informativa sobre o agravo, ministrada pela diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Laís Ferrari.

Em parceria com a Liga Acadêmica em Saúde Pública Veterinária (Lavesp), a palestra aconteceu no campus Centro da Univasf e foi voltada para esclarecer e orientar sobre a prevenção da caxumba, também chamada de ‘papeira’ ou parotidite. A doença é de fácil transmissão e possui um período de incubação relativamente longo.  “Uma vez infectada com caxumba, a pessoa pode contaminar outros no período entre seis dias antes do início dos sintomas, até cerca de nove dias após início dos sintomas. O período de incubação pode ser de 14 a 25 dias”, explicou Laís.

A diretora destacou ainda que, para prevenir a doença, a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é a única solução eficaz. “Fizemos um bloqueio vacinal seletivo em quem teve contato com as pessoas infectadas aqui na universidade e, além disso, temos a vacina disponível nas unidades de saúde, fazendo parte do calendário de rotina do adulto. Então, é importante lembrar que só a vacina nos deixa protegidos contra o agravo”, afirma.

CAXUMBA

Seus primeiros sintomas são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Uma das principais características da doença é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar.

Nos casos graves, a caxumba pode causar surdez, meningite e, raramente, levar à morte. Após a puberdade, pode causar inflamação e inchaço doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos ovários (ooforite) nas mulheres e levar à esterilidade. Por isso, é necessário redobrar a atenção nestes casos e ter acompanhamento médico.

O diagnóstico é feito através de investigação epidemiológica e avaliação médica, que irá determinar se é caxumba ou não. Especialistas recomendam o repouso e uso de remédios para dor até o desaparecimento dos sintomas.

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