1º Congresso Brasileiro de Saúde em Libras discutirá integralidade da saúde de pessoas surdas

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) estar saudável não é apenas não ter nenhuma doença. A saúde se caracteriza como um bem estar físico, mental e também social. Na esfera social existe uma lacuna quanto ao atendimento e acolhimento de pessoas surdas, o que acaba causando exclusão e adoecimento social entre esses indivíduos. Com o objetivo de discutir esta temática, a Universidade Federal do Vale do são Francisco (Univasf), por meio do Núcleo de Práticas Sociais Inclusivas (Npsi), promoverá, de 22 a 24 de novembro, o 1º Congresso Brasileiro de Saúde em Libras (CBSL). O evento acontecerá no Complexo Multieventos, no Campus Juazeiro da Univasf, e está com inscrições abertas até 16 de novembro.

A inscrição é feita através do site e os valores variam entre R$ 45,00 e R$ 110,00, a depender da data e do nível de formação do congressista. Na programação do evento, haverá apresentação de trabalhos científicos, minicursos, rodas de diálogo, atividades inclusivas e conferências.

O CBSL é destinado a estudantes de graduação, profissionais, familiares de surdos e ao público em geral que não conhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras).  O congresso é realizado pelos colegiados de Psicologia, Farmácia e de Pós-Graduação Ciências da Saúde e Biológicas da Univasf. O evento também conta com o apoio da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE).

De acordo com Karla Daniele Maciel, coordenadora do Núcleo de Práticas Sociais Inclusivas (Npsi), que organiza o congresso, o evento será realizado com participação ativa da comunidade surda. A iniciativa visa, segundo Karla, possibilitar aos participantes do evento a oportunidade de aprender com a própria comunidade surda como devem ser praticados os atendimentos às pessoas com deficiência auditiva, seja em saúde ou em outras áreas.

“Os estudantes da área da saúde não saem preparados para atender a comunidade surda e isso se expande para muitas outras áreas do conhecimento. Por isso, estamos trazendo quatro pesquisadores surdos para que eles passem para nós suas perspectivas sobre o atendimento à pessoa surda, a fim de que a formação do profissional de qualquer área seja inclusiva, com respeito e dignidade às diversas condições humanas”, afirma Karla.

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